O reajuste de 1,3% do salário mínimo, que começou a valer nesta segunda-feira (1º/05), parece pouco, já que vai aumentar o valor em apenas R$ 18, de R$ 1.302 para R$ 1.320. Mas vai impactar a vida de um quarto dos brasileiros. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado no dia 24 de abril, a partir dos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual de 2021 (PnadC), do IBGE, mostra que 25,4% da população brasileira (cerca de 54 milhões de pessoas) são impactadas diretamente pela renda mínima estipulada por lei no país.
Segundo o Dieese, os grupos diretamente impactados pelo salário mínimo são os empregados do setor privado e público com carteira assinada (inclusive os trabalhadores domésticos), os servidores públicos estatutários; e as pessoas que recebem aposentadoria, pensão ou BPC, com valor igual ou inferior ao salário mínimo. Esse contingente representa, segundo os cálculos do Dieese, 22,73 milhões de pessoas.
Já os grupos indiretamente impactados são constituídos por indivíduos que residem em domicílios onde existe, pelo menos, uma pessoa diretamente impactada. São crianças até 14 anos, desalentados (pessoas que não procuram trabalho) e pessoas fora da força de trabalho. Esse grupo representa 31,34 milhões de brasileiros.
Por gênero, 52,6% das pessoas que dependem direta e indiretamente do salário mínimo são mulheres. Por idade, a maior faixa de dependência está entre 40 a 69 anos, sendo 19,55 milhões das 54 milhões de pessoas que dependem da renda mínima.