Eleições 2022

Bolsonaro diz que futuro ministro da Indústria pode ser de Minas Gerais

Presidente não citou nomes, mas o favorito é o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe


Publicado em 12 de outubro de 2022 | 21:00
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (12) que, caso seja reeleito, pode indicar um mineiro para chefiar o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, que ele prometeu recriar em um eventual segundo mandato.

O nome mais cotado para o cargo, como mostrou O TEMPO na terça-feira (11), é o do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.

“Está no radar (a recriação) o Ministério da Indústria, do Comércio e dos Serviços. A ideia nasceu aqui na Fiemg, em Minas Gerais. Eu falei que esse ministro, como foi o da Agricultura, a Teresa Cristina, seria indicado pelos órgãos interessados. Então, pode sair daqui um futuro ministro mineiro caso eu seja reeleito”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Alterosa, ao lado do governador Romeu Zema (Novo), que declarou apoio a ele.

“Com toda a certeza, não quero adiantar, seria um mineiro”, acrescentou.

Segundo o presidente, ele já conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes. No início do governo Bolsonaro, vários ministérios passaram por fusões que deram origem à Economia. Entre as pastas que deixaram de existir estão a da Fazenda, do Planejamento e a da Indústria, entre outras.

“É um ministério muito importante. Já acertei com o Paulo Guedes, que absorveu esse ministério nas fusões (no início do governo). Ele abriria mão disso e esse ministério voltaria a funcionar”, explicou Bolsonaro.

O pedido para recriar o Ministério da Indústria foi feito por Flávio Roscoe em maio deste ano durante o discurso de posse do segundo mandato dele na Fiemg. “Fiz uma demanda ao presidente. Não é possível mais a indústria não ter seu ministério", disse ele na ocasião. Em seguida, Bolsonaro pediu a palavra e anunciou que atenderia o pedido. 

“Agora selou. Vai estar nas mãos do Lira a recriação do Ministério da Indústria e Comércio”, disse o presidente na ocasião, se referindo ao presidente da Câmara dos Deputados, já que cabe ao Congresso aprovar a criação de novos ministérios.

Em nota divulgada na terça-feira, a Fiemg negou que Roscoe será o novo ministro da Indústria e do Comércio.

“O presidente Flávio Roscoe acaba de ser reeleito para o segundo mandato, de 03 anos, e este é o seu foco. Seguir à frente da entidade buscando a melhoria do setor produtivo mineiro, que beneficia nosso estado e, consequentemente, a vida de toda sociedade”, disse a entidade.

Roscoe é apoiador de Bolsonaro. Ele foi um dos articuladores do apoio de Zema ao presidente no segundo turno das eleições. O presidente da Fiemg estava presente na coletiva de imprensa, em Brasília, que anunciou a aliança entre os dois mandatários.

Em agosto, a Fiemg assinou uma carta junto a outras entidades em apoio à liberdade de expressão e em tom crítico à decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou uma operação contra empresários que supostamente defenderam, em conversas de WhatsApp, um golpe de Estado caso Lula fosse eleito.

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