ADVERSÁRIOS

'Caixa-preta': Zema usou expressão ligada a Kalil em plano de governo de 2018

O atual governador fez referência ao termo para defender livre a concorrência entre empresas que fechavam contratos com Minas


Publicado em 18 de agosto de 2022 | 15:52
 
 
 
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“Vou abrir a caixa-preta da BHTrans”. A frase que marcou a campanha de Alexandre Kalil (PSD) em 2016, quando venceu as eleições para a Prefeitura de BH, também foi usada por Romeu Zema (Novo) em seu plano de governo de 2018. Hoje adversários na corrida pelo governo de Minas, os dois também adotaram um discurso parecido em seus primeiros pleitos: a negação da “velha política” e a busca por “mais transparência” na gestão governamental. 

Em 2018, Zema citava a "abertura da caixa-preta" para se referir à necessidade de incentivar a "livre concorrência e a igualdade de oportunidades" entre as empresas que fechavam contratos com o Estado. "Na atual cultura governamental algumas empresas e setores recebem mais subsídios que outras, sem transparência e comprovação dos seus benefícios para sociedade. Esta é uma velha prática que mantém privilégios e cria barreiras para o mercado", informava o plano do atual governador há quatro anos. 

Àquela altura, Kalil já havia concluído a primeira auditoria da "caixa-preta" da BHTrans. O estudo concluiu que a passagem deveria ser R$ 6,35 na capital, em vez dos R$ 4,05 cobrados na ocasião. "Está aberta a caixa-preta, não adianta ir para a internet esculhambar mais", disse o então prefeito à época.

Porém, no ano passado, uma investigação do Ministério Público de Contas apontou irregularidades na auditoria. O relatório motivou uma CPI na Câmara de BH, que culminou na extinção da BHTrans, e a criação da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob).

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