Eleições 2022

Marcus Pestana declara apoio a Lula

Após vice-governador Paulo Brant, o ex-candidato ao governo de Minas é mais um a endossar a candidatura do ex-presidente


Publicado em 15 de outubro de 2022 | 11:23
 
 
 
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Quatro dias após o vice-governador Paulo Brant (PSDB), o ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB) anunciou, neste sábado (15), o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República. Candidato ao governo de Minas Gerais nas últimas eleições, Pestana, que havia sido palanque no estado para a candidatura de Ciro Gomes (PDT), atribuiu o posicionamento à necessidade de retomar o diálogo no âmbito do Congresso “para superarmos este esgarçamento radical do tecido social brasileiro e construirmos os consensos progressivos necessários para avançar”.

Pestana ponderou que espera que tanto Lula quanto o PT consigam fazer “a leitura correta do quadro político e social de 2022”, realizar uma “saudável autocrítica sobre os erros do passado” e superar o exclusivismo político. “Mas não tenho dúvidas que a melhor alternativa em defesa da liberdade, da democracia, do meio ambiente, da educação de qualidade, do SUS como conquista civilizatória, da cultura de paz e dos direitos humanos é votar Lula”, afirmou o ex-deputado federal, que foi secretário de Saúde de Minas entre 2007 e 2010 durante o governo Aécio Neves (PSDB).

Em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Pestana apontou que o “populismo autoritário”, as “ameaças de retrocesso político e institucional”, a “ausência de políticas públicas essenciais” e o “falso liberalismo bastardo” não oferecem a perspectiva que o Brasil precisa e merece. “Lula e Alckmin, diante de um Congresso plural, fragmentado e diverso e das angústias presentes no seio da sociedade, saberão, com suas histórias e experiências pessoas, liderar o grande diálogo nacional para pacificar o país”, acrescentou.

De acordo com Pestana, que pontuou que a única vez que havia votado em Lula foi no 2º turno de 1989, contra Fernando Collor de Mello, o momento não permite omissões. “Nunca me omiti. Em 2026, uma nova geração de lideranças virá, e para pavimentar o caminho, precisamos agora de uma ponte para o futuro. E essa ponte agora é o voto em Lula”, concluiu o ex-candidato ao governo de Minas, que também foi chefe de gabinete do Ministério das Comunicações e secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

O posicionamento de Pestana pode acirrar o racha do PSDB de Minas Gerais. A manifestação de Brant, somada aos posicionamentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ex-senador José Aníbal, levou à debandada dos prefeitos de Governador Valadares, André Merlo, de Ouro Branco, Hélio Campos, e de Itaguara, Donizete Chumbinho. A dissidência foi encabeçada pelo presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Coronel Fabriciano, Marcus Vinícius Bizarro.

A saída dos quatro tucanos foi anunciada nessa sexta (14), horas antes da reunião entre Bolsonaro e prefeitos de Minas Gerais em Belo Horizonte. Bizarro, inclusive, ao lado do governador reeleito Romeu Zema (Novo) foi um dos articuladores do encontro. A Executiva nacional do PSDB liberou os filiados para se posicionarem na corrida pelo Palácio do Planalto. 

Deputado federal por dois mandatos, entre 2011 e 2019, Pestana se candidatou ao governo de Minas Gerais após ter se afastado da vida pública em 2018, quando não foi reeleito. Com 0,56% dos votos válidos, ele somou apenas 60.637 votos no pleito. A chapa ficou atrás do governador reeleito Romeu Zema (Novo), do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e do senador Carlos Viana (PL). 

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