PT leva episódio de Roberto Jefferson à TV e enfatiza aliança dele com Bolsonaro

Horas após o episódio em que o ex-deputado federal Roberto Jefferson atirou e jogou granadas contra policiais federais em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a explorar o episódio na TV. A peça de 30 segundos busca vincular o episódio de violência ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

A propaganda do PT começa com um vídeo do chefe do Executivo em que ele diz que sua especialidade é matar. Depois, passa a tratar de episódios como conflitos com religiosos católicos e o assassinato de um tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu após uma discussão política.

"A violência bolsoanrista chegou a níveis alarmantes. Eles invadem igrejas, agridem padres, criam caos em lugares sagrados. Matam por causa da política, matam por nada. Roberto Jefferson, um dos principais aliados de Bolsonaro, condenado por corrupção, atirou na Polícia Federal. Precisamos acabar com o ódio e a violência. O Brasil precisa de paz. Bolsonaro nunca mais", diz o locutor na peça exibida pelo PT, que termina com uma imagem de Jefferson ao lado do atual presidente.

Após o episódio em que atirou e jogou duas granadas em policiais, Bolsonaro, em um primeiro momento, criticou a ação do aliado e também a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mandou prendê-lo. Depois, porém, afirmou, de forma mais enfática, que quem ataca policiais "deve ser tratado como bandido".

O ex-deputado federal, que foi detido por violar cláusulas de sua prisão domiciliar - como não usar redes sociais, não fazer novos ataques a instituições e não ter posse de armas - está detido no presídio de Benfica, no Rio de Janeiro. Antes de ser preso, além de resistir e atacar os policiais, ele passou quase 8 horas dentro de casa, recusando-se a se entregar.

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