Um dos grandes nomes do cinema mundial atual, o cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf participará da 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontecerá de 7 a 30 de outubro, na capital paulista. Diretor de filmes premiados como "O Ciclista" (1987), "Salve o Cinema" (1995), "Um Instante de Inocência" (1996) e "A Caminho de Kandahar" (2001), Makhmalbaf participará do júri e exibirá seus mais recentes filmes, "Aqui as Crianças Não Brincam Juntas" e "Falando com Rios".

O evento vai exibir cerca de 415 filmes de 82 países em 29 salas de cinemas, espaços culturais e CEUS espalhados pela cidade,
incluindo exibições gratuitas e ao ar livre. A abertura acontece no dia 16, na Sala São Paulo, com a exibição de "Maria Callas", longa de Pablo Larraín protagonizado por Angelina Jolie, que estreou no Festival de Veneza.

Entre os filmes premiados nos principais festivais internacionais queserão exibidos, estão "Anora", de Sean Baker, "Tudo que Imaginamos Como Luz", de Payal Kapadia, "Dying - A Última Sinfonia", de Matthias Glasner, "Grand Tour", de Miguel Gomes, "Dahomey", de Mati Diop, "O Brutalista", de Brady Corbet, "Vermiglio", de Maura Delpero, "Sujo", de Astrid Rondero e Fernanda Valadez, "Memórias de um Caracol", de Adam
Elliot, "Happy Holidays", de Scandar Copti, "Os Malditos", de Roberto Minervini, "Holy Cow", de Louise Courvoisier, "Vira-Lata", de Chiang Wei Liang e You Qiao Yin, "Esta Minha Vida", de Sophie Fillières, "Ao Contrário", de Jonas Trueba, "O Maior Bocejo da História", de Aliyar Rasti, "No Other Land", de Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor, "O Banho do Diabo", de Veronika Franz e Severin Fiala, e "O Vidreiro, de Usman Riaz.

O cartaz da 48ª Mostra é uma arte de Satyajit Ray que faz parte do storyboard criado pelo cineasta durante a preparação de "A Canção da Estrada" (1955), seu primeiro longa. O indiano, que foi também artista gráfico, compositor, roteirista, publicitário, escritor, diretor de arte, de fotografia, de som, editor, entre outros, também ganha homenagem do evento com uma retrospectiva de 7 títulos. Serão exibidos longas realizados por Ray entre 1955 e 1966.

Uma homenagem ao cineasta também lança luz a um dos principais destaques da 48ª Mostra, que é o cinema indiano. Cerca de 30 filmes do país compõem a programação: são longas
produzidos nas mais variadas regiões da Índia, premiados nos principais festivais internacionais ou restaurados, que mostram a diversidade do país. Além das obras, diretores, atores, produtores e distribuidores da Índia participam do evento.

Serão exibidas também 13 obras já indicadas por seus respectivos países para concorrer a uma vaga ao Oscar de melhor filme internacional: da Áustria, "O Banho do Diabo", de Veronika Franz e Severin Fiala; da Bélgica, "Julie Permanece em Silêncio", de Leonardo Van Dijl; do Brasil, "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles; da Espanha, "Segundo Prêmio", de Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez; da Geórgia, "As Antiguidades", de Rusudan Glurjidze; da Itália, "Vermiglio", de Maura Delpero; da Lituânia, "Afogamento Seco", de Laurynas Bareiša; do México, "Sujo", de Astrid Rondero e Fernanda Valadez; do Paquistão, "O Vidreiro", de Usman
Riaz; da Polônia, "Sob o Vulcão", de Damian Kocur; de Portugal, "Grand Tour", de Miguel Gomes; da República Tcheca, "Ondas", de Jirí Mádl; e do Senegal, "Dahomey", de Mati Diop.