A defesa de Deolane Bezerra culpou a imprensa e os fãs pela volta da influenciadora à prisão ao solicitar um novo habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no final da tarde desta quarta-feira (11).
Os advogados Josimary Rocha de Vilhena, Rogério Nunes e Luiz Ricardo Rodrigues Imparato alegaram que os jornalistas e fãs presentes na porta da Colônia Penal Feminina Bom Pastor, em Recife, contribuíram para que Deolane Bezerra ficasse desestabilizada e descumprisse a medida cautelar que a proibia de falar com o público.
"Ao sair do estabelecimento prisional, a paciente imediatamente informou à multidão que não poderia manifestar-se; contudo, o assédio a seu redor foi excessivo, fato que acabou por desestabilizá-la e então, ela de fato, falou --sem direcionar a fala a qualquer pessoa-- que se sentia injustiçada", diz um trecho do documento divulgado pelo portal Notícias da TV.
Durante o breve discurso, Deolane Bezerra acusou o delegado Paulo Gondim de ter feito uma "prisão criminosa" e cometido "abuso de autoridade". O policial fez uma queixa formal à 12ª Vara Criminal do TJ-PE e solicitou que a advogada retornasse à prisão.
"Imediatamente após sua saída da Colônia Penal Feminina do Recife, a investigada deu entrevista aos diversos repórteres que estavam aguardando, falando que era um abuso de autoridade deste subscritor, que 'isso era um abuso de autoridade', 'abuso do Estado do Pernambuco', 'eles são criminosos, uma prisão criminosa e que não havia uma prova sequer'", justificou o delegado.
Novamente detida, Deolane Bezerra foi levada para Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), na região do Agreste de Pernambuco, há quase 300 km da capital, a fim de evitar a aglomeração de fãs na porta do local.