Os irmãos e músicos mineiros Rogério Flausino e Wilson Sideral estiveram presentes no velório de Lô Borges, que aconteceu nesta terça-feira (4/11), no foyer do Palácio das Artes. A cerimônia reuniu fãs, amigos e familiares, que passaram pelo local para homenagear e dar o último adeus ao artista. Dentre as personalidades, estiveram lá os músicos Zeca Baleiro, Samuel Rosa e Maurício Tizumba, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, as secretárias de cultura de Belo Horizonte e de Minas Gerais, Eliane Parreiras e Bárbara Barros Botega, respectivamente, e a Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo. 

Vocalista do Jota Quest, Rogério Flausino comentou o quanto foram bonitas as homenagens dirigidas para Lô. “De ontem para hoje, houve tantas homenagens, a presença de amigos, pessoal da música, gente da família, todo mundo comentando dessa partida e contando histórias, passagens… A gente revendo as letras, a poesia, as imagens, tudo. Quanta beleza o Lô e todos os seus parceiros incríveis escreveram sobre a gente. Então é um misto de muita alegria também, de muito amor”, disse Rogério Flausino.

 

Sideral destacou que Lô Borges representa mais do que um nome importante da música: ele sintetiza o espírito mineiro. “Viemos aqui prestar as nossas homenagens e o nosso abraço à família Borges, a todos os grandes músicos de Minas Gerais que levaram essa beleza para o planeta inteiro. É importante dizer que o Lô leva um pedacinho de Belo Horizonte, um pedacinho de ser mineiro. A essência de Minas Gerais está presente aqui, nesse momento, nessa partida. A gente está triste, mas grato por tanta poesia, por tanta música, por tanta beleza”, descreve.

O músico destacou ainda que a “obra de Lô será eterna.” “Amamos ele, a família e todos os parceiros: Milton, Beto Guedes, Flávio Venturini, Marcinho Borges. Hoje é um dia triste, mas também de emoção diante da grandeza dessa obra”, afirma Sideral. Para os músicos mineiros, o legado do artista ultrapassa o campo musical e se torna parte da identidade cultural do estado. “Desde que eu me entendo por gente, ouço esses caras cantando Minas Gerais, falando das nossas histórias, das praças, da natureza, da amizade, da união. A gente tem neles um pilar cultural. Todo mineiro tem dentro de si um pouco desse espírito que veio desses meninos”, disse Flausino.

O clima na despedida, embora de pesar, também foi de celebração. “Hoje é um dia de celebrar a obra do Lô, celebrar a música de Minas Gerais, que virou mundial”, afirmou Flausino. “Fica a obra, que é etérea. É um momento muito emocionante. A gente sente que o espírito do Lô está olhando por nós. Pegou o trem azul”, arrematou Sideral.