O ator e diretor Hugo Gross, de 61 anos, que também atua como presidente do Sated RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro), criticou a participação de influenciadora digitais nas novelas. Em entrevista ao podcast Papagaio Falante, o artista apontou que os famosos da internet não convertem audiência para as emissoras.
"As emissoras de TV têm uma leitura de que quem tem milhões de seguidores vai dar retorno em nível de ibope. E não dá! Você vê essa menina, a Rafa Kalimann, a novela ['Família é Tudo'] foi um fracasso, a própria Jade Picon, que esteve no sindicato, é uma pessoa muito bacana, mas não deu retorno para a novela ['Travessia'] da Glória Perez", declarou ele.
Hugo Gross também apontou que os influenciadores ganham um salário muito acima da média dos atores da área. "Entra um influencer ganhando quase R$ 100 mil, enquanto um [ator] que se dedicou para caramba, deu ibope na Globo, vários milhões [para a emissora] está esquecido. Então você vê vários atores, colegas nosso, com depressão, entristecidos", acrescentou.
Ainda em seu desabado, o presidente do Sated RJ afirmou que a função do sindicato é defender que atores profissionais não percam espaço para influenciadores sem formação técnica.
"O papel do sindicato é defender o trabalhador da arte, defender você que estudou, que se dedicou e quer um lugar ao sol. Então não acho justo pegar uma pessoa que tem seis milhões de seguidores e colocar no lugar de quem estudou, ralou, esperou várias vezes [para conseguir um espaço]", completou Hugo Gross.