A Max está desenvolvendo uma série de ficção inspirada em um dos casos criminais mais chocantes da história de São Paulo: o do Maníaco do Trianon. Entre 1986 e 1989, Fortunato Botton Neto, conhecido como Pilo, assassinou 13 homens nas imediações do Parque Trianon, na região da Avenida Paulista, local que, na época, era frequentado por profissionais do sexo e marcado pelo preconceito contra a comunidade LGBTQIA+.

A trama será criada por Michel Carvalho e terá direção de Susanna Lira, cineasta conhecida por projetos que abordam temas sociais e de direitos humanos. Ainda sem data prevista para o início das gravações, a produção promete unir drama policial e crítica social, tendo como pano de fundo o período em que o Brasil enfrentava o avanço da epidemia de AIDS e uma forte onda de discriminação.

Na história, o público vai acompanhar o olhar de dois investigadores que tentam solucionar os assassinatos. De um lado, Antonio Margutti, um detetive conservador prestes a se aposentar. Do outro, Violeta, uma policial determinada que rompe com os padrões da época. Juntos, eles mergulham nas noites de São Paulo tentando capturar o criminoso, enquanto enfrentam suas próprias barreiras pessoais e preconceitos.

A série também vai abordar o perfil psicológico de Fortunato, que trabalhava como garoto de programa e escolhia vítimas entre homens com idades entre 30 e 60 anos. O caso ganhou repercussão nacional na década de 1980, tanto pela brutalidade dos crimes quanto pelo contexto social que envolvia o local e o público atingido.

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