A icônica candidatura à eleição de Odorico Paraguaçu para prefeito de Sucupira, cidadezinha litorânea da Bahia, retorna aos palcos com a remontagem de “O Bem-Amado”, texto de Dias Gomes, escrito em 1962, que tem atravessado décadas como um grande sucesso da dramaturgia e da teledramaturgia brasileiras.

Dirigida por Marcus Alvisi, a peça traz o ator Diogo Vilela como protagonista, resgatando a divertida história do político que faz de tudo para atingir seus objetivos: inaugurar a sua grandiosa obra política, o primeiro cemitério de Sucupira, para enfim cair nas graças do povo.  

Com bem-sucedidas temporadas nos Teatros João Caetano e Clara Nunes, no Rio de Janeiro, assistidas por mais de 27 mil pessoas, a montagem saí em turnê pelo Brasil e chega pela primeira vez a Belo Horizonte nos dias 28 e 29 de junho, sábado, às 20h30, e domingo, às 18h30, no Grande Teatro do Sesc Palladium. 

Escrito por Dias Gomes para o teatro, em 1962, o texto de “O Bem-Amado” foi publicado em 1963 em especial da Revista Claudia, e encenado pela primeira vez em 1969, no Teatro Santa Isabel, do Recife, pelo TAP: Teatro de Amadores de Pernambuco. Em 1970, uma nova montagem estreou no Teatro Gláucio Gil, no Rio de Janeiro.

Como protagonista, o ator Procópio Ferreira dava vida a Odorico Paraguaçu, personagem que se tornou um ícone na dramaturgia e teledramaturgia brasileiras.  Na televisão, foi corporificado pelo inesquecível Paulo Gracindo, com imenso sucesso.

Na atual montagem, Odorico Paraguaçu é interpretado pelo ator Diogo Vilela, oferecendo, com certeza, uma nova visão deste personagem que tem atravessado décadas e provocado muitas gargalhadas, mas, o mais importante, inúmeras reflexões sobre a sublime arte de servir ao próximo.

“O Bem-Amado” se passa numa cidade fictícia chamada Sucupira, onde Odorico Paraguaçu faz uma promessa de campanha: construir um cemitério para que, assim, possa ter sua própria inauguração como prefeito.

A reviravolta hilariante é que, para que o cemitério seja utilizado, alguém precisa morrer, e Odorico fará o possível e impossível para garantir que isso aconteça o mais rápido possível, subornando, corrompendo, oferecendo benesses e cargos à vontade para que a ação seja concretizada. 

Através desse pequenino mundo, Dias Gomes atinge todo o imenso Brasil, esse gigante por natureza. Uma sátira política que oferece uma visão crítica e ácida da tentativa de cidadania neste vilarejo no interior do estado da Bahia, mas que expõe as mazelas de um povo de maneira inarredável.

O texto também aborda questões mais amplas, como a relação entre poder e populismo e a maneira como as promessas políticas podem ser usadas para manipular as massas.

SERVIÇO 

“O Bem-Amado”

Dias 28 e 29 de junho, sábado, às 20h30, e domingo, às 18h30,

Grande Teatro do Sesc Palladium

(Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro – BH/MG)

Ingressos: 

Plateia 1 – R$ 150,00 (Inteira) | R$ 75,00 (Meia Entrada)

Plateia 2 – R$ 125,00 (Inteira) | R$ 62,50 (Meia Entrada)

Ingressos Populares – R$ 50,00 (Inteira) | R$ 25,00 (Meia Entrada)

Vendas pelo site Sympla:

https://bileto.sympla.com.br/event/104667 

E na bilheteria do teatro.