Lançado recentemente na Netflix, o filme O Filho Protegido”(título original: The Lost Patient) aposta em uma narrativa sombria e cheia de reviravoltas para conquistar os fãs do suspense psicológico. A produção francesa gira em torno de Thomas Grimaud, um jovem que desperta do coma sem lembrar o que aconteceu na noite em que sua família foi assassinada. À medida que tenta recuperar suas memórias, o público é arrastado para uma trama onde nem tudo é o que parece.

A história acompanha Thomas no hospital, sob os cuidados da psicóloga Anna, que o incentiva a reconstruir os acontecimentos do passado. No entanto, quanto mais ele se aproxima da verdade, mais surgem dúvidas sobre sua própria inocência e sobre o paradeiro da irmã, Laura, cujo desaparecimento se torna peça-chave do mistério. A dúvida constante entre realidade e delírio torna o filme instigante, desafiando o espectador a montar o quebra-cabeça junto ao protagonista.

Baseado na graphic novel “Le Patient”, o longa explora temas como traumas familiares, memórias reprimidas e o impacto psicológico da violência. Com direção de Christophe Charrier, o filme aposta em uma atmosfera densa, marcada por uma fotografia fria e cenas que alternam entre o presente e fragmentos do passado. Segundo o diretor, “nada no roteiro está ali por acaso. Tudo contribui para manter o espectador em estado de alerta”.

Com pouco mais de 90 minutos, O Filho Protegido é uma escolha certeira para quem aprecia suspenses psicológicos em que a verdade só se revela nos instantes finais. A produção francesa entrega tensão na medida certa, sem recorrer a sustos fáceis, e provoca reflexões sobre os limites da mente humana.

Você está lendo um conteúdo originalmente publicado no Observatório da TV. Confira mais em: https://observatoriodatv.com.br