Em seu testamento, Cid Moreira, que morreu aos 97 anos no dia 3 de outubro de 2024, deserdou os dois filhos, Roger e Rodrigo, e destinou toda a sua fortuna para a viúva, Fátima Sampaio. Cid Moreira tinha uma relação tumultuosa com os filhos.

No documento público, lavrado no dia 6 de março de 2024, o ex-apresentador do "Jornal Nacional" deixou apenas a viúva como herdeira de seu patrimônio, avaliado em cerca de R$ 60 milhões. Eles ficaram casados por 23 anos.

Cid Moreira explica, no testamento, que Rodrigo, filho mais velho e fruto do segundo casamento dele, com Olga Verônica Radenzev Simões, ficou fora da herança por causa de um processo no qual ele pedia R$ 1 milhão do pai por danos morais. Rodrigo, que denunciava ausência paterna, perdeu a ação.

Roger foi adotado durante o terceiro casamento do apresentador, com Ulhiana Naumtchyk Moreira. Em reportagem do "Domingo Espetacular", da Record, logo após a morte de Cid Moreira, Roger disse que a viúva "não deveria ficar com herança nenhuma." "Fátima, quando conheceu o Cid, não tinha nada, não tinha nem carro", contou

Roger também relatou abusos: "Às vezes, ele colocava a mão em mim, eu tinha um certo medo de que isso pudesse evoluir, mas nunca evoluiu". No testamento, Cid Moreira menciona as acusações do filho e as caracteriza como "mentirosas".

Contestação do testamento

Os dois filhos de Cid Moreira entraram na justiça para tentar anular o documento, além de acusarem a madrasta de usufruir do patrimônio de forma indevida. Eles também relatam que Fátima Sampaio vendeu 11 dos 18 imóveis de Cid Moreira, transferindo mais de R$ 40 milhões para uma conta no exterior. 

Na época, a defesa de Fátima Sampaio disse que tudo foi feito com o consentimento de Cid Moreira. A defesa de Rodrigo e Roger analisou o testamento e, em sua análise, revelou que as assinaturas de Cid Moreira foram falsificadas. O espaço está aberto para  manifestação da defesa da viúva.