Uma leitura sensível, irreverente e musical da obra que se tornou um marco da literatura brasileira contemporânea. É isso que a Orquestra Ouro Preto propõe ao levar “Feliz Ano Velho”, clássico autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, para o universo operístico. 

Nesta sexta-feira (22/8) e também no sábado (23/8), às 20h, a companhia sobe ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes para apresentar “Feliz Ano Velho, a Ópera”. Ingressos (a partir de R$ 40) estão disponíveis na plataforma Eventim e na bilheteria do teatro.

Com música e libreto de Tim Rescala, o espetáculo combina música de concerto, teatro e literatura e chega à capital mineira após estreia nas areias de Copacabana, no Rio de Janeiro, em evento que marcou as comemorações dos 25 anos da Orquestra. A direção musical é de Rodrigo Toffolo, Fundador e regente titular da Orquestra Ouro Preto, e a direção cênica é assinada por Julliano Mendes.

O elenco reúne nomes como Johnny França (Marcelo), Jabez Lima (Rubens Paiva) e Marília Vargas (Eunice Paiva) e a participação de Arrigo Barnabé, interpretando a si mesmo, além de um corpo artístico formado por instrumentistas e cantores.

Orquestra Ouro Preto 25 anos

“Feliz Ano Velho, a Ópera” é mais um marco na trajetória da Orquestra Ouro Preto, reafirmando seu compromisso com a renovação do repertório sinfônico nacional. “Essa montagem traduz nossa missão de conectar a música de concerto à cultura popular. Marcelo Rubens Paiva é uma figura essencial da nossa cultura, e sua história continua tocando corações e despertando reflexões”, afirma o maestro Rodrigo Toffolo.

A ideia de adaptar o livro para o palco nasceu de conversas entre o maestro e Paiva, iniciadas em 2023. Desde o primeiro encontro, o autor de “Ainda Estou Aqui” demonstrou entusiasmo com a proposta. “É emocionante ver ‘Feliz Ano Velho’ ganhar vida no palco de forma tão intensa e musical. Estou me sentindo um ‘erudito’”, brinca o autor.

Parceiro de longa data da Orquestra Ouro Preto, o compositor Tim Rescala, reconhecido por obras como “Auto da Compadecida, a Ópera” e “Hilda Furacão, a Ópera”, une lirismo, crítica social e humor na nova montagem: “Adaptar ‘Feliz Ano Velho’ foi um desafio artístico instigante. É uma obra que pulsa vida, memória e ironia, elementos que me inspiraram a criar uma música que dialogasse com o texto de forma intensa e emocional”. 

Serviço

O quê. Orquestra Ouro Preto: “Feliz Ano Velho, a Ópera”

Quando. Sexta (22/8) e sábado (23/8), às 20h

Onde. Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro, Belo Horizonte)

Ingressos. Na plataforma Eventim e na bilheteria do teatro