O cartunista Jaguar, morto neste domingo, aos 93, dizia querer que suas cinzas fossem espalhadas pelos bares que frequentava.
"Isso ia ser pela festa. É claro que ia demorar semanas para ir a todos os bares onde bebi no Rio de Janeiro", ele disse em entrevista à Folha de S.Paulo quando completou 80 anos.

"Sempre disse que quero ser cremado, mas não tenho essa coisa poética de querer que minhas cinzas sejam espargidas no mar ou debaixo de um carvalho que meu avô plantou. Não, pega as cinzas, joga no vaso sanitário e puxa a descarga. Morreu, acabou", afirmou o cartunista, um dos mais importantes do país.


Sempre ácido Jaguar revolucionou o humor feito na imprensa. Ele foi um dos fundadores do jornal Pasquim, veículo de oposição à ditadura militar lançado em 1969.
Jaguar estava internado com uma infecção respiratória, que levou a complicações renais, no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro.