A Globo confirmou nesta segunda-feira (1º/9) a saída do jornalista e apresentador William Bonner da bancada do “Jornal Nacional” após 29 anos, 26 deles atuando também como editor-chefe. O anúncio acontece na data em que o telejornal completa 56 anos.
Apresentador mais longevo do “JN”, Bonner, no entanto, segue no comando do noticiário até o dia 3 de novembro, quando César Tralli assume o posto de âncora ao lado de Renata Vasconcellos.
A nota da emissora da família Marinho também esclarece que, a partir do ano que vem, Bonner se juntará à Sandra Annenberg na apresentação do “Globo Repórter”.
“São 29 anos e quatro meses de JN. Exatos 26 anos como chefe da equipe de editores, comandando reuniões, avaliando pautas, planejando edições, apresentando as notícias a milhões. Nesse período, tornei-me pai, vi minhas crianças acharem que se tornaram adultos. Mudaram de endereço, até de país. Ser recebido pelo Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo”, diz Bonner em comunicado da Globo.
Trajetória
Formado em publicidade e propaganda pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), William Bonner iniciou sua carreira fora da TV como redator publicitário e locutor de rádio. O jornalista começou a aparecer na telinha na TV Bandeirantes, em 1985, como apresentador de telejornais locais.
A trajetória de Bonner na Globo começa em 1986, quando assume o comando do então “SPTV” – do qual também foi editor –, hoje chamado “SP 1”. Nos anos seguintes, Bonner conseguiu se destacar na emissora e passou pelo “Jornal Hoje”, “Fantástico” e “Jornal da Globo”.
Em 1996, Bonner chegou à bancada do “Jornal Nacional”, dividindo, num primeiro momento, a bancada com Lillian Witte Fibe e depois de dois anos com Fátima Bernardes, com quem foi casado e tem três filhos. Patrícia Poeta e Renata Vasconcellos, atual companheira de Bonner no telejornal, também fizeram dobradinha com o jornalista no telejornal.
Na TV da família Marinho, Bonner protagonizou coberturas importantes da televisão brasileira, algumas in loco. Os ataques ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001, a eleição de presidentes norte-americanos Barack Obama e Donald Trump, a tragédia da boate Kiss em 2013, as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 e o conclave que elegeu o Papa Leão XIV neste ano são algumas delas.
Com Bonner na bancada, o “JN” também se tornou espaço de entrevistas com candidatos à Presidência da República. O jornalista também se consolidou como apresentador de debates com os presidenciáveis.