Mar do Sertão, nova novela das seis da Globo, marca a volta de Débora Bloch ao gênero após sete anos. A atriz, que nos últimos anos participou de projetos menores na TV, comemora o retorno aos folhetins na pele da ambiciosa Deodora na história escrita por Mário Teixeira e que estreia nesta segunda-feira (22), substituindo Além da Ilusão.

Segundo Débora, ter ficado tanto tempo longe das novelas foi algo natural. “Eu fui sendo convidada para projetos muito legais, que por acaso não eram novelas, eram séries, e fui emendando uma na outra. Foram trabalhos bem importantes pra mim”, explica a atriz, cuja última novela foi em Sete Vidas, de 2015, interpretando a protagonista Lígia. "Fiz personagens diferentes do que eu normalmente sou convidada pra fazer”, cita ela, referindo-se às séries Justiça (2016), Onde Nascem os Fortes (2018) e Segunda Chamada (2019 e 2021). “Foi muito legal, muito enriquecedor, muito prazeroso”, garante.

A atriz conta que o convite para Mar do Sertão veio do autor Mário Teixeira e do diretor Allan Fiterman. “Achei uma sinopse muito bonita, muito interessante e que trazia também uma outra geografia, um outro tipo de personagem”, afirma a intérprete da ambiciosa Deodora. Em Mar do Sertão, a personagem de Débora Bloch é casada com o coronel Tertúlio (José de Abreu) e mãe de Tertulinho (Renato Góes), que ela faz questão de mimar. Deodora não poupa forças para proteger o filho. 

“Ela é uma mulher que ama o poder, que ama o dinheiro. Faz parte de uma família representante de uma certa elite brasileira. É uma mulher sem nenhuma empatia pelas pessoas mais simples, com valores bem questionáveis. Ela é uma mulher que não trabalha, que vive ali para aquele marido e para aquela fazenda, para aquela família, mas que, no fundo, tem um controle sobre tudo”, define. “Ela manda em tudo, mas ao mesmo tempo fica à serviço da casa, do casamento”, completa a atriz, garantindo que Dedodora não é nada feminista.