“Cada lugar, cada contexto, tem suas questões, tem seus problemas e seus desafios. Nossa proposta é buscar caminhos e soluções para alguns dos problemas urgentes que a gente vive hoje em dia, no nosso cotidiano". É assim que Bruno Vilela sintetiza o tema “Imagens Resolutivas”, que norteia a 4ª edição do Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH). Ele e Guilherme Cunha são os idealizadores da mostra, que acontece gratuitamente de hoje a sábado (12), em formato virtual, no site fif.art.br.
Neste ano, o FIF-BH conta com obras de 43 fotógrafos e vídeos de artistas de outros países, como Japão, Grécia e Uruguai. O evento reitera a importância do diálogo em uma sociedade cada vez mais polarizada e de difícil interação, e convida o público a refletir, através das imagens, e a buscar maneiras de apostar na empatia. “É um tema desafiador, que exige estudo, contexto. Mas é sempre difícil apontar caminhos, mesmo que seja de maneira poética”, comenta Vilela.
Entre a intensa programação do evento, está, por exemplo, o trabalho "Worlds in the Making", do francês Nicolas Henry, que viaja pelo mundo conhecendo a realidade de diferentes comunidades e constrói suas imagens a partir das histórias e vivências que testemunha em suas peregrinações.
O trabalho "Tell Tale", do sul-africano Lebohang Kganye é outro destaque da mostra. A obra explora narrativas baseadas na arte da também sul-africana escultora Helen Martins, que viveu e trabalhou na aldeia rural de Nieu Bethesda, em Karoo, África do Sul, transformando sua própria casa, ao longo de mais de três décadas, em um mundo fantástico.
Outros artistas importantes que fazem parte das coleções nacionais e internacionais do FIF-BH são: Federico Estol (Uruguai), Ana Lira (Brasil), Huda Abdulmughni (Kuwait) e Chris Alton (Inglaterra). “O festival entra num lugar de discussão das imagens, mas também de ampliar repertório. A cada fotógrafo, a cada artista, vamos percebendo outras formas de produzir conhecimento, de produzir poesia, de produzir comunicação. E quanto mais repertório temos, mais conseguimos ler e interpretar as imagens que estão à nossa frente no dia a dia”, destaca Guilherme Cunha.
O festival promove, ainda, quatro workshops ministrados por grandes nomes da fotografia e do audiovisual, como a espanhola Cristina Nuñez, o colombiano Ricardo Muñoz Izquierdo e o cineasta mineiro Affonso Uchoa, além de mesas de debates, palestras e reflexões.
Confira a programação completa em http://www.2020.fif.art.br/programa
Serviço
O quê. 4º Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH)
Quando. De hoje (7) a sábado (12)
Onde. Pelo site: www.fif.art.br.
Quanto. Gratuito