Não é a primeira live de Flávio Venturini. No último dia 30, por exemplo, ele participou de uma, beneficente, promovida pela associação Casa Brasil, "de amigos que moram nos Estados Unidos e que ajudam crianças brasileiras do nosso Nordeste", explica. "O resultado foi muito bom".

Já habituado, pois, com o formato, ele volta a ligar a câmara para conversar com os integrantes da Orquestra Sesiminas Musicoop nesta quarta-feira (3), às 21h30, dentro do projeto Dando Corda (@orquestrasesiminasmusicoop). "Acho realmente essas iniciativas bacanas. Por causa da pandemia, a internet adquiriu mais  importância, as pessoas acabaram tendo mais tempo de ficar no celular ou no computador, e de se informar. As live de artistas ajudam a passar o tempo e informar, ficar ligado com a cultura e com a arte"

A Orquestra Sesiminas, ele já conhece há bastante tempo. "Fizemos um projeto muito legal que correu Minas, as maiores cidades, e foi superimportante para mim. Viajamos com uma equipe muito grande, orquestra, a minha banda, um grupo vocal e dois corais de crianças. O resultado foi lindo, eu tenho até pena de  não ter gravado isso, não há muito registro. Já tem mais de dez anos, é pena. Mas foi muito bonito, legal e gratificante pra mim", cita.

Sobre os demais projetos, Venturini conta que a quarentena, claro, também o impactou. "Naturalmente, no começo a gente assusta, se pergunta 'como vou ficar em casa', 'o que vou fazer', 'como ficar sem ver meus entes queridos, meus amigos', 'como fica o meu trabalho'... Mas é hora de se reinventar e procurar tornar produtivo esse momento, então continuo, produzindo meu disco. Vou lançar uma música no próximo dia 12, Dia dos Namorados.

O disco, pretendo terminar até agosto, então, estou aproveitando para tornar meu tempo em casa produtivo, seja com a criação, composição, organização dos meus arquivos, sejam musicais ou pessoais... E também acabo cuidando dos afazeres domésticos, é uma maneira de passar o tempo e até ser um momento legal pra mim, apesar das dificuldades", explica.

O novo disco vai se chamar "Paisagens Sonoras". "É o primeiro de um projeto de três discos, é uma série. Os dois primeiros serão de composições minhas e de algumas pessoas que já estava pensando em gravar, de um ou outro amigo. Mas a maioria, minha, e praticamente todas inéditas. O terceiro será instrumental, um projeto muito antigo da minha carreira e que agora quero realizar, e quero inclusive a participação de orquestra nele. Vai depender das condições para fazer, mas é um sonho meu. Já realizei um disco com o Grupo do Contra e já realizei um com o Grupo do Contra e a Orquestra Sesiminas, o álbum 'Paraíso', lançado no ano passado", relembra.

Fonte de inspiração no seu entorno não lhe falta. "Eu tenho sorte de morar em um lugar meio que no campo, onde posso pelo menos tomar sol, sair, dar uma caminhada. No mais, estou evitando lugares de aglomeração. Foi se reiventar mesmo. Criei uma rotina de trabalho com bastante coisa para fazer em casa, então, procuro ficar com um astral positivo. Não deixo de me informar sobre o que está acontecendo no mundo,, mas venho tentando dirigir minha energia para coisas positivas", resume.