“Capitão América – Guerra Civil”

Batalha entre super-heróis 

Diretores do filme afirmam que objetivo era virar de ponta-cabeça a psicologia dos personagens da Marvel


Publicado em 28 de abril de 2016 | 03:00
 
 
 
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É o ano do confronto dos super-heróis no cinema. De um lado do ringue, a DC Comics, que, atrasada, tenta estabelecer seu universo com “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça”, de Zack Snyder, que arrecadou mais de US$ 850 milhões em um mês de lançamento, abaixo das expectativas da indústria (US$ 1 bilhão) e em meio à gritaria de fãs descontentes. Do outro lado, a Marvel, que inaugura a Fase 3 de seu planejamento com “Capitão América: Guerra Civil”, dos irmãos Anthony e Joe Russo, que estreia hoje, com um estranhamento entre o personagem do título e o Homem de Ferro. Los Angeles, EUA

Os diretores afirmam estar felizes com a recepção, mas são diplomáticos ao comentar o que é preciso para não irritar os seguidores de super-heróis. “Levamos muito a sério o investimento de tempo e emoção dos fãs e não queremos dar ao público uma experiência repetida dos quadrinhos”, afirma Anthony.

Em “Guerra Civil”, o objetivo era virar de ponta-cabeça a psicologia dos personagens da Marvel. E eles conseguem fazer isso injetando (muita) política na trama. Capitão América (Chris Evans) entra em conflito com o Homem de Ferro de Tony Stark (Robert Downey Jr.) quando o grupo formado pelos dois, mais Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Falcão (Anthony Mackie), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), além de Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Thor (Chris Hemsworth), que não estão no filme, são acusados de agir sem medir consequências, provocando milhares de mortes na tentativa de salvar o mundo.

Stark acredita que os Vingadores devem ser supervisionados por alguma autoridade, enquanto Cap acha impossível eles não se tornarem marionetes em outras mãos. “Lemos muito, somos interessados no que acontece no mundo. É inevitável que isso entre nas nossas histórias”, diz Joe, filho de uma advogada e um juiz aposentado.

Para o cineasta, existe uma radicalização no mundo hoje, nos EUA ou no Brasil. No filme, os Vingadores aterrorizam alguns. Muitos são vítimas dos danos colaterais de suas ações. “Essas pessoas estão presentes no filme. Um deles é Zemo (Daniel Brühl). Ele se tornou um radical por causa da perda que sofreu”.

Claro que “Capitão América: Guerra Civil” também é uma superprodução com gente com força descomunal e capaz de voar. Há cenas de ação espetaculares. Segundo Joe, eles usaram a abordagem do cinema vérité para explorar a humanidade do protagonista. “Esse estilo torna tudo visceral, real, como se você estivesse lá”.

Há também espaço para emoção, principalmente na relação entre Capitão América e seu velho amigo Bucky, o Soldado Invernal (Sebastian Stan), e risadas, promovidas pela presença do Homem-Formiga (Paul Rudd) e do novo Homem-Aranha (Tom Holland).

O filme ainda apresenta Pantera Negra (Chadwick Boseman), príncipe do fictício país africano de Wakanda (com um pano de fundo filmado nas Cataratas do Iguaçu, no Brasil), que tem motivos pessoais para entrar na briga.

Com tanta coisa acontecendo e uma reunião tão grande de super-heróis, é de imaginar o que vai sobrar para os próximos dois filmes dos Vingadores, a serem dirigidos pelos irmãos. “Nós também não sabemos!”, acrescenta, entre risos, Joe Russo.

 

 

 

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