Escritores

Dos consagrados aos estreantes 

Redação O Tempo


Publicado em 14 de novembro de 2014 | 04:00
 
 
 
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A quarta Bienal do Livro de Minas, inaugurada hoje, no Expominas, acolhe nomes representativos da cena contemporânea, reunidos pela curadoria de João Paulo Cuenca. Além disso, como na edição predecessora, o evento abriga também quem está trilhando um caminho até então independente. No espaço Travessa dos Autores, cada um vai poder mostrar o seu trabalho aos visitantes.

Uma novidade é a presença de uma plataforma de autopublicação, a PerSe, que vai representar os autores publicados por ela e vai promover também lançamentos de livros. Antônio Hércules, diretor da empresa, conta que, por meio da editora, os estreantes podem trazer a público títulos em versão impressa ou em formato e-book. Ao refletir sobre a penetração do segundo segmento nas bienais, ele observa que ela ainda é pequena e por isso vão estar ali apenas os que produziram livros físicos.

“Nós também estivemos neste ano na Bienal de São Paulo e o que notamos é que ainda não há uma cultura muito voltada para a procura de e-books nesse tipo de evento. Essa oferta ainda é algo um pouco distante do leitor que frequenta as bienais”, observa Antônio Hércules.

Interessada em ampliar os diálogos com as diversas possibilidades de publicação atualmente, a organização do evento convidou blogueiros e quadrinistas que vem conquistando seu público na internet. Um delas é a mineira Bruna Vieira, que com o blog “Depois dos Quinze”, já atraiu mais de 130 milhões de acessos e deu origem a um livro de contos e crônicas de mesmo nome. Ela participa do espaço Conexões Jovens, no dia 22, às 13h.

Já quem curte o personagem das tirinhas Armandinho, cuja página no Facebook tem mais de 600 mil curtidas vai poder bater um papo com o seu criador Alexandre Beck, amanhã, às 14h. “Essa é a primeira vez que o Alexandre vem a BH. Ele vai compartilhar com a gente a sua experiência de produção de tirinhas para a Internet junto com outros dois artistas, o Luís Felipe Garrocho, que produz o ‘Bufas Danadas’ e o Ricardo Tokumoto, autor das ‘Ryotiras’, acrescenta Afonso Andrade, um dos curadores da programação Bienal em Quadrinhos.

De acordo com ele, a permanência dessa linguagem no evento tem sido motivada pela qualidade da nova geração de quadrinistas de Belo Horizonte. “Nós conquistamos uma importância central atualmente quando se fala em quadrinhos no país. Na bienal, o público vai ter a oportunidade de conhecer não só grandes lançamentos, mas de ter contato com quem está produzido aqui”, diz.

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