Música

Jane Duboc se apresenta em BH com homenagem ao pianista Burt Bacharach

Clássicos do norte-americano famoso pelo romantismo dão o tom do show

Por Raphael Vidigal
Publicado em 24 de agosto de 2019 | 03:00
 
 
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A cantora alemã Marlene Dietrich (1901-1992) protagonizou filmes históricos como “O Anjo Azul” e “Marrocos”, ambos de 1930, e eternizou a música “Lili Marlene”, que, em 1980, batizou um dos melhores longas-metragens do cineasta Rainer Werner Fassbinder (1945-1982). O que pouca gente sabe é que, durante a década de 50, ela teve como pianista e maestro Burt Bacharach. 

O músico norte-americano, que completou 90 anos em 2018, é o homenageado do espetáculo “Amor! É do que o Mundo Mais Precisa”, que Jane Duboc, 68, traz hoje a BH. “É raro encontrar uma melodia que funcione sem o acompanhamento. Você pode acrescentar o ritmo e a harmonia, mas o essencial está ali. Como cantora, admiro essa inteligência”, exalta Jane, ao destacar aquela que, segundo ela, é “a principal qualidade musical” de Bacharach.

O primeiro contato da paraense com a obra do autor de “I Say a Little Prayer”, “Raindrops Keep Fallin’on My Head”, “I’ll Never Fall in Love Again” e outros sucessos, aconteceu aos 17 anos, quando, depois de ganhar uma bolsa de estudos, ela se mudou para os Estados Unidos e se matriculou na Faculdade de Música da Geórgia, onde aprendeu orquestração, canto lírico, flauta, arte dramática e até deu aulas. 

“Eu era bem moça e cantava na noite. Fiquei apaixonada por aquelas canções que todo mundo dançava nas boates”, recorda. Uma, em especial, permaneceu na lembrança de Jane. “This Guy’s in Love with You”, que na versão da intérprete teve a palavra “guy’s” substituída por “girls”, a fim de gerar uma “identificação feminina”, serviu como trilha sonora de seus sonhos juvenis. 

“Eu torcia para o cara por quem eu tinha uma queda na época me tirar para dançar quando tocava essa música. Era uma sensação bonita, de querer se enamorar e abraçar alguém”, observa. Logo que chegou ao país ianque, o impacto de “The Look of Love” também a arrebatou. A cantora ainda faz questão de destacar a importância de Hal David, letrista dos grandes hits de Bacharach. 
“Em termos de métrica e ondulação melódica, o trabalho do Hal David é sublime, são poesias que te levam aos céus”, enaltece.

Tendo nas mãos um repertório que “foi gravado pelos maiores do mundo”, como Aretha Franklin, Elvis Costello e Beatles, Jane optou por “uma formação intimista”, com acompanhamento somente do piano de Ogair Júnior. E não para por aí. Ela pretende colocar “um coração brasileiro” nisso tudo, com “arranjos peculiares”, confidencia. 

Serviço. Show de Jane Duboc, neste sábado (24), às 21h, no Minas Tênis Clube (rua da Bahia, 2.244, Lourdes). De R$ 80 (inteira) a R$ 40 (meia) 

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