Cultura

Minas é inserido no Circuito Liberdade e terá 1.000 atividades em 5 anos

Acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo prevê exposições, peças teatrais, shows e até salas de cinema

Por Raphael Vidigal
Publicado em 27 de junho de 2019 | 19:33
 
 
 
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Em uma coletiva realizada na tarde desta quinta-feira na sede do Minas Tênis Clube, na rua da Bahia, o secretário estadual de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, o presidente do Minas, Ricardo Santiago, e a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Michele Arroyo, responsável por gerir o Circuito Liberdade, assinaram um acordo que tornou o Minas Tênis Clube o mais novo integrante do Circuito Liberdade. 

De acordo com Santiago, tratou-se de um acordo institucional, sem valores econômicos. A parceria tem duração inicial de cinco anos e pode ser renovado. Nesse período, a previsão é que mais de mil atividades culturais sejam realizadas na sede do clube, entre elas exposições, peças teatrais, shows, concertos, saraus e projetos educativos.

Outra novidade é que, pela primeira vez, o circuito irá contar com um cinema em sua programação. Estão em fase de finalização duas salas audiovisuais e uma biblioteca dentro do Minas. “Iremos inserir filmes e documentários na programação”, comemorou a presidente do Iepha. 

Integração

De acordo com Matte, a adesão é parte de um plano maior de revitalização do circuito que, segundo ele, “ficou esquecido por falta de recursos e políticas públicas inadequadas”. “O Minas traz uma importante contribuição no sentido de melhorar a promoção do circuito, com uma oferta cultural maior e mais ampla”, declarou Matte. 

Dentro desse plano, está uma série de atividades no Palácio da Liberdade e a retirada das grades móveis aos domingos. “Já conversamos com o prefeito (Alexandre) Kalil a respeito. Temos um desafio grande, o caixa está destroçado, mas somos sonhadores e otimistas”, complementou o secretário.

Michele Arroyo definiu a iniciativa como gratificante e destacou a possibilidade de se criar “um circuito dentro do circuito”, ao mencionar a importância da rua da Bahia. “Temos nesse corredor a Academia Mineira de Letras, O BDMG Cultural, do outro lado a Casa Fiat de Cultura e, agora, também como parceiro, o Minas Tênis Clube”, disse. 

Na avaliação de Michele, a empreitada afirma “o histórico de excelência esportiva e cultural do Minas nesses últimos 20 anos”, elogiou. “A intenção é ampliar os equipamentos culturais e integrar a programação, com diversas atividades gratuitas, tanto nos espaços públicos, quanto nos privados”, completou Michele. 

Durante a coletiva, o presidente do Minas anunciou que, de forma inédita, o espaço vai abrir uma exposição no mesmo dia da Virada Cultural, que começa em 20 de julho, já como parte da integração almejada. A exposição será dedicada à obra de José Luiz Pederneiras.

“Desde 2013, a gente tinha o sonho de participar do circuito, é motivo de muito orgulho trazer para a nossa população uma faixa de entretenimento e cultura, esse sempre foi um dos nossos pilares”, observou Santiago. “O crescimento do clube está historicamente ligado ao crescimento da nossa cidade, nós caminhamos juntos”, finalizou.

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