CINEMA

“Os Homens São de Marte” é previsível e sem graça

Após 9 anos em cartaz nos teatros, Mônica Martelli estrela filme baseado na peça Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou


Publicado em 29 de maio de 2014 | 13:00
 
 
 
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SÃO PAULO. Após anos em cartaz, o monólogo teatral escrito e interpretado por Mônica Martelli, “Os Homens São de Marte...E É pra Lá que Eu Vou”, ganhou versão cinematográfica. Desta feita, as tribulações de Fernanda (Martelli) em busca do grande amor são apresentadas com o apoio de um elenco cheio de nomes conhecidos. 

Bonita e bem-sucedida profissionalmente, Fernanda sofre para conseguir se realizar no plano afetivo. Pula de um relacionamento para outro com a ingenuidade de uma adolescente e sempre cai de amores no primeiro encontro. Fernanda se envolve com uma pitoresca galeria de tipos mais ou menos improváveis, como um senador sedutor (Eduardo Moscovis), um arquiteto (Marcos Palmeira) e um milionário tão exibicionista quanto boçal (Humberto Martins).

Previsíveis, os quiproquós em que ela se mete não têm lá muita graça. Seu interlocutor mais constante é Aníbal (Paulo Gustavo), seu sócio em uma empresa que organiza festas, é claro, de casamento. A comicidade da dupla poderia render mais se Gustavo não interpretasse o gay Aníbal com o mesmo registro excessivo com que deu vida a Dona Hermínia em “Minha Mãe É uma Peça”. A voz é a mesma, os cacoetes idem.

Essas fraquezas, somadas à desesperada obsessão da protagonista, incapaz de pensar em outra coisa que não seja o príncipe encantado, acabam entediando.

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