Comédia

Peça “Meu Passado Me Condena” volta à capital mineira

Dupla. Miá Mello e Fábio Porchat vivem casal divertido no palco

Por RAPHAEL VIDIGAL
Publicado em 20 de julho de 2017 | 03:00
 
 
 
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Discutir a relação não é novidade na dramaturgia nacional, tampouco por meio do humor. Pois para a atriz Miá Mello, 36, que volta à capital mineira para única apresentação sexta-feira (21) de “Meu Passado Me Condena”, ao lado de Fábio Porchat, 34, o sucesso da peça está intimamente ligado ao que ela traz de comum. “Quem nunca passou por isso ou conhece alguém que tem um relacionamento curioso, engraçado, que às vezes você olha e fala assim: ‘Ué, eles não combinam muito, por que estão juntos?’. Essa identificação faz com que a peça seja muito divertida e engraçada”, sustenta Miá, deixando claro que, ao transformar a realidade em arte, algumas modificações são necessárias.

“Claro que a gente coloca uma lente de aumento, não é possível que alguém tenha um relacionamento tão maluco assim. Mas eu acho que um pouquinho desse casal todo mundo tem”, aposta a atriz. De acordo com ela, essa identificação também atinge os envolvidos na montagem. “Quem não gosta de ter um namoro divertido, leve? Para mim, o humor é tudo, é algo que me encanta”, revela.

Enredo. No espetáculo Fábio e Miá atuam com os próprios nomes. A trama desenrola-se durante a noite de núpcias do casal, e o texto de Tati Bernardi, aliado à direção de Inez Viana, abre espaço para improvisos pontuais dos protagonistas.

“O texto está vivo, a gente sempre coloca uma coisa aqui, outra acolá, é uma obra aberta. Algumas piadas têm muito a ver com o momento e duram um mês, dois, depois não cola mais, e a gente para de fazer. Hoje em dia eu falo para o Fábio dizer a primeira coisa que vier na cabeça dele, e ele canta a música ‘Despacito’. Eu, agora, inclusive te amaldiçoei, porque ela não vai mais sair da sua cabeça”, brinca Miá. A atriz assegura que a química entre ela e Porchat percebida pela plateia é fruto da relação fora dos palcos. “Foi paixão profissional à primeira vista, a gente nunca brigou nem discutiu”, afirma.

Franquia. Oriunda de uma série de TV que estreou em 2012, a franquia “Meu Passado Me Condena” já rendeu frutos no cinema, com dois filmes, e no teatro, com a peça em questão, mantendo incontestável sucesso de público. “Meu Passado Me Condena – O Filme”, foi a segunda melhor estreia em termos de bilheteria no cinema nacional em 2013, com arrecadação de R$ 5,7 milhões. Esse êxito junto ao público é um dos motivos que animam Miá a continuar com a empreitada.

“Quem sabe não vem aí a terceira continuação para o filme? Seria muito legal. Eu e o Fábio sempre brincamos sobre isso, mas com um fundo de verdade. Temos muita vontade, porque é um casal querido pelas pessoas e sentimos isso. O Fábio comenta que apresenta um programa diário na TV aberta, e as pessoas sempre vêm falar com ele sobre o ‘Meu Passado Me Condena’. É uma coisa poderosa mesmo, tem um brilho”, garante a entrevistada. Numa dessas experiências cinematográficas, em “Meu Passado Me Condena 2” e também na continuação de “Carrossel”, Miá teve uma oportunidade considerada única por ela.

“Foi uma honra trabalhar com a Elke Maravilha (1945 - 2016), ela era uma pessoa muito culta, inteligente, que falava vários idiomas, nem sei se as pessoas conheciam tanto esse lado dela. No set de filmagem ela contava umas histórias mágicas, maravilhosas, como se tivesse vivido tudo aquilo. Foi uma perda gigante para a nossa cultura”, atesta.
 


Agenda


O quê. Peça “Meu Passado Me Condena”, com Fábio Porchat e Miá Mello
Quando. Sexta-feira (21), às 20h
Onde. Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420, centro)
Quanto. R$ 80 a R$ 120 (inteira)

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