‘Proibida’, novela ‘Celebridade’ volta à tela da Globo

Novela que até então encabeçava uma lista de “reprises proibidas”, ao lado de “Avenida Brasil” (2012) e “Passione” (2010), “Celebridade” foi confirmada como a próxima reprise do “Vale a Pena Ver de Novo”, na Rede Globo, substituindo “Senhora do Destino”.

A trama escrita por Gilberto Braga, exibida originalmente entre outubro de 2003 e junho de 2004, foi marcada por cenas de nudez e violência, além de muitos palavrões e personagens sem caráter.

Quando foi ar, “Celebridade” ficou marcada por uma galeria de personagens marcantes: Maria Clara Diniz (Malu Mader), Laura Prudente da Costa, mais conhecida como Cachorra (Cláudia Abreu), Renato Mendes (Fábio Assunção), Darlene Sampaio (Deborah Secco) e Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana). Aliás, assassinado na reta final da novela, Lineu gerou um “quem matou?”.

História. A trama principal apresenta o embate entre Maria Clara e Laura. A personagem de Abreu era uma alpinista social que se aproximava da famosa Maria Clara com o intuito de prejudicar a celebridade. Na época que foi ao ar, o folhetim foi um grande sucesso de audiência (sua média foi de 46 pontos na Grande São Paulo) e de repercussão.

O pico foi de 58 pontos (média de São Paulo) no capítulo que mostrou a surra de Maria Clara em Laura. O registro equivalia a 2,87 milhões de domicílios, segundo informou o Ibope no período.

Com a trama de Braga de volta, a Globo quebra uma norma interna de não exibir na faixa vespertina novelas com temáticas pesadas, como pedofilia, vingança e prostituição. Para o folhetim ser exibido no “Vale a Pena Ver de Novo”, a emissora fará uma série de “ajustes”, entre eles eliminando cenas de sexo, violência e palavrões.

Ou seja, o telespectador que assistir ao folhetim agora não vai ver (ou rever) Juliana Paes, em seu primeiro papel de destaque, mostrando os seios, e nem Deborah Secco dizendo que seu personagem se chama Darlene, “com D de dar”.

Aliás, na época que foi ao ar, “Celebridade” foi motivo de dor de cabeça para os executivos da Globo. Três meses depois da estreia, foi classificada pelo Ministério da Justiça como imprópria para menores de 14 anos por conter “violência, insinuação de sexo e nudez”.

A Globo enfrentou ações judiciais para mantê-la no ar no Nordeste (onde era exibida antes das 21h, por causa do horário de verão) e no Acre (onde passava às 18h).