Hollywood

Roteiristas aprovam greve e devem parar em maio

Profissionais esperam acordo até o próximo dia 1º; produções da televisão podem ser afetadas


Publicado em 26 de abril de 2017 | 03:00
 
 
 
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SÃO PAULO. Uma votação online realizada pelo Writers Guild of America (WGA), o sindicato dos roteiristas dos Estados Unidos, definiu que os roteiristas do país devem entrar em greve caso os pedidos da categoria não sejam atendidos. Segundo o site da revista “Variety”, a paralisação tem adesão de 96% dos membros. Caso não seja feito um acordo com os estúdios até o dia 1º de maio, roteiristas de Hollywood prometem a paralisação de seus trabalhos.

Em 2008, foi instaurada uma greve do sindicato dos roteirista que durou cem dias e custou cerca de US$ 2,5 bilhões à economia de Los Angeles.

Na época, muitos atores de Hollywood apoiaram o movimento. Por causa da greve, séries como “The Big Bang Theory” e “Prison Break” tiveram as temporadas reduzidas. Outras, como “24 Horas”, foram adiadas.

As causas. As redes de televisão dos Estados Unidos têm encomendado temporadas cada vez mais enxutas, entre dez e 13 episódios – antigamente, as produções tinham entre 22 e 24 capítulos. Dessa forma, escrever uma série tem gerado menos dinheiro para os roteiristas.

Além disso, cláusula de exclusividade prevê que cada roteirista só pode escrever para uma série por vez, o que pode tirar o profissional do mercado por até um ano.

Diante disso, o WGA pede por aumento de salário e que os estúdios contribuam mais para o plano de saúde dos roteiristas.

Impactos. Com a paralisação, programas de televisão como talk-shows seriam reprisados e séries provavelmente teriam que adiar suas temporadas.

Além disso, as maiores redes de TV dos Estados Unidos já vem perdendo consumidores devido a serviços de vídeo sob demanda como Netflix e Amazon. A greve pode aumentar ainda mais essa perda.

Já o cinema sofreria menos. Filmes com roteiros já prontos teriam sua produção iniciada. Na greve passada, os executivos só começaram a se preocupar quando a paralisação ameaçou prejudicar a entrega do Oscar, a mais importante premiação do cinema norte-americano.

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