'Silvana não sabe a hora de parar de jogar'

SÃO PAULO. Em “A Força do Querer”, da Globo, quem dá as cartas é a arquiteta Silvana, interpretada pela atriz Lília Cabral. Literalmente. Na história escrita por Gloria Perez, a mulher é viciada em jogos e já arrumou confusões por conta disso.

Lília explica quais são as motivações da personagem, casada com o empresário Eurico (Humberto Martins). “A Silvana não pensa em dinheiro, ela realmente não sabe a hora de parar de jogar. Se fosse outra coisa para colocar em disputa, em vez do dinheiro, ela ficaria feliz do mesmo jeito. O que conta para ela é o prazer do jogo, a adrenalina”, revela.

Nos últimos capítulos, quase que seu marido descobriu suas mentiras – ele ainda não sabe como a mulher está viciada. Ela apostou, e perdeu, R$ 50 mil, dinheiro tirado da conta dele. Depois que ele deu falta do valor, ela inventou que usou para comprar uma bolsa. Precisou, então, pegar emprestada uma bolsa de Joyce (Maria Fernanda Cândido) para sustentar a mentira.

“A Silvana tem tudo o que uma pessoa pode almejar. Tem um marido que ama, uma filha linda, posição social e é bem-sucedida no trabalho. Mas a fraqueza dela é muito grande, então os pontos positivos se tornam frágeis. Em vez de olhar essa mulher de forma sadia, as pessoas vão começar a olhá-la de forma trágica. Por enquanto, a trama está leve, mas, daqui a pouco, vai começar a pesar mais”, adianta a atriz.

Laboratório. Lília Cabral teve de entrar fundo no universo dos viciados em jogos para compor a sua personagem, Silvana. Ela conta que foi um dia ao Jogadores Anônimos, instituição que recebe homens e mulheres para trocar experiências sobre sua compulsão pela jogatina. “Conheci pessoas que tiveram histórias tristes e me surpreendi com todas elas, são lindas”, destaca.