Tendência

Temas inusitados oferecem inúmeras possibilidades 

Redação O Tempo

Por christine hauhney
Publicado em 22 de setembro de 2014 | 03:00
 
 
 
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Nova York, EUA. Alguns anos atrás, quando Will Pearson e Mangesh Hattikudur, fundadores da “Mental Floss”, pensaram em produzir vídeos, procuraram os conselhos de John Green. O autor afirmou que algumas reportagens da revista com temas como “Por que a coceira coça” e “A fofura pode parar o envelhecimento?” ofereciam a eles a possibilidade de produzir vídeos em um formato parecido com o conteúdo encontrado no popular site Buzzfeed.

Em pouco tempo, Green, que mora em Indianápolis, no Estado de Indiana, e sua equipe de vídeo estavam trabalhando com o pessoal da “Mental Floss” em Nova York. E Green começou a apresentar o show de vídeo semanal da revista com temas como “33 fatos incríveis sobre brinquedos”, “50 conceitos errados” e “20 mitos sobre o sexo”.

A principal autora do show, Meredith Danko, explica que os vídeos têm como objetivo passar uma boa quantidade de conteúdo de maneira espirituosa e em um curto espaço de tempo. Ela acrescenta que facilita o fato de Green “falar muito rápido”.

“Os filminhos têm atraído anunciantes como o fabricante de carros Lexus e a cerveja Dos Equis”, conta Pearson. Eles são os responsáveis por cerca de 12% da receita de publicidade da revista e 5% do faturamento total da empresa, que inclui distribuição e e-commerce. Os vídeos da “Mental Floss” também estão atraindo um público novo ao invés de replicar o que a revista já possuía: a média de idade de seus espectadores no YouTube é de 25 anos, enquanto os leitores têm, em média, 33.

Mas nem tudo o que está na “Mental Floss” se traduz em vídeo, conta o editor-chefe do site da revista, Jason English. Um famoso artigo publicado sobre sinais de pontuação alternativos, por exemplo, não possui elementos visuais suficientes para ser transformado em um vídeo.

Os vídeos da “Mental Floss” atraem gente como Liz Moulton, 26, técnica veterinária de Ontário, no Canadá, que afirma assistir de cinco a seis horas por dia de filmes no YouTube. Ela é uma grande fã de John Green e descobriu o canal da “Mental Floss” na internet por causa do escritor. Ela diz que depois continuou a assistir também por causa do conteúdo educacional. “As pessoas gostam de ter informações ligeiras para conversar com os amigos”, afirma Moulton.

Os vídeos da “Mental Floss” somam de 15% a 20% do conteúdo produzido pela empresa de Green. Ele explica que são bem-sucedidos porque a empresa trata seu canal no YouTube como um produto distinto da revista.

Outros títulos tentam replicar o conteúdo da revista em seus vídeos, o que Green chama de proposta perdedora. “É como pedir para um elefante se tornar um bom pinguim”, compara ele.

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