Rafael Angeli, especialista em marketing digital, ao ser convidado para celebrar os 18 anos do Super Notícia, fez um panorama do atual cenário, no qual o consumo de mídia foi transformado. Essa mudança no comportamento, segundo ele, é vitalícia.
As lives vieram para ficar? Elas são novas formas de pensar, de agir e de se comunicar, mas não acredito que serão um hábito do cotidiano, com uma live do mesmo artista por semana. Eles (artistas) deverão fazer isso uma vez por mês. Afinal, o custo-benefício de uma live é muito menor do que o de um show de grande porte, por exemplo.
Qual será o legado desse movimento? Depois que terminar a pandemia, as pessoas estarão mais tímidas. Não vamos retomar de imediato à cultura de sair para assistir a um show. O artista vai ter que manter esse ritmo e continuar a fazer streaming. Para os artistas de grande porte, o patrocínio é mais fácil para esse tipo de ação.
Além dos patrocínios, como faturar? Se o artista, passada a pandemia, cobrar R$ 5 por uma live, ele atinge um público tão grande quanto se tivesse fazendo um show em uma arena.
As emissoras de TV vão continuar bebendo das lives? Essa adaptação veio para ligar um alerta para todos, para os veículos de comunicação, de que há um novo mundo. E acho que a TV vai permanecer com isso depois da pandemia do coronavírus.