Ao longo de sua carreira, Jô Soares criou inúmeros bordões que se tornaram populares. Seja por meio de personagens, seja em seu programa de entrevistas, o humorista sabia captar o que as pessoas gostariam de ouvir e de repetir no seu dia a dia. Jô morreu na madrugada desta sexta-feira, 5. Ele estava internado desde o dia 28 de julho no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
 
Veja aqui algumas dessas frases:
 
"Não querendo te interromper, e já interrompendo..."
 
Durante suas entrevistas
 
"Vice não fala"
 
Referência clara ao então vice-presidente Aureliano Chaves.
 
"Vamos malhar?"
 
Professora de ginástica interpretada por ele, no auge de seu corpito.
 
"Cala-te boca, tem pai que é cego"
 
A um pai que fingia não notar que o filho era homossexual, ao fazer cursos de maquiagem, balé e corte e costura.
 
"É o meu jeitinho"
 
Rochinha, o tímido desengonçado que causava inveja nos homens por andar com o mulherão Liliane (Magda Cotrofe)
 
"Não quero meu nome em bocas Matildes"
 
Da sogra que conversava com a filha pelo telefone deitada numa banheira de espuma com uma toalha na cabeça
 
"Soniiinho"
 
Do bebê Filico, que rezava e esfregava os olhinhos quando ouvia comentários sobre assuntos de gente grande como a inflação brasileira;
 
"Cala a boca, Batista"
 
Irmão Carmelo, que não deixava seu dentuço colega de sacristia (Eliezer Mota) pronunciar uma palavra;
 
"Me devolve pro tubo"
 
Paciente despertado do coma que encontrava o mundo de ponta-cabeça e pedia para ser novamente induzido à condição de inconsciente. (Estadão Conteúdo)