A inclusão de componentes fora dos padrões habituais em receitas de cervejas especiais traz à bebida um toque diferenciado, que pode trazer um sabor distante do que estamos acostumados e, em alguns casos, até mesmo prêmios. É o caso da Tião Bock, da cervejaria Black Princess, que, além de água, malte e lúpulo, tem um ingrediente bem brasileiro: a rapadura, que ajudou a cerveja a ficar em terceiro lugar na primeira edição do Concurso Brasileiro de Cervejas do Balneário Camboriú, em Santa Catarina na terça-feira (11). A Tião Bock recebeu nota 92 na competição. Não tão amarga, com seus 26 IBU, mas com teor alcóolico de 6,5%, a cerveja traz um toque adocicado que é o seu diferencial, ainda mais quando falamos de uma cerveja bock estilo alemã. A conquista veio na categoria Speciality Beer e não foi a primeira condecoração - já recebeu medalhas de prata no Brasil Beer Cup e no Concurso Brasileiro de Cervejas de Blumenau. 

Com uma receita mais tradicional, a Black Princess Doctor Weiss fez ainda mais bonito e conquistou a medalha de ouro na categoria South-German Style Kristal Weizen no 13º Concurso Brasileiro de Cervejas de Blumenau, também em Santa Catarina, na última quinta-feira (13). A cerveja já havia sido premiada em outras ocasiões, em competições como a Brasil Beer Cup e em competições na Austrália e no Reino Unido. Bem leve, resultado de seu baixo IBU (16) e com um teor alcóolico de 5.2%, é um cerveja de trigo tradicional, com um leve toque frutado. Na competição de Blumenau, a cerveja ficou com a nota 94.

A Black Princess pertence ao Grupo Petrópolis e foi criada em 1882, na Serra Fluminense. Além das duas premiadas recentemente, a cervejaria conta com mais seis rótulos, de seis tipos diferentes. O Grupo Petrópolis também é responsável por cervejas como Itaipava, Petra, Cacildis e Crystal, entre outras.