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Carta de apoio a Ciro emitida pelo do PSB-MG causa discórdia entre os socialistas

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PUBLICADO EM Fri Jul 20 03:00:35 GMT-03:00 2018

Carta de apoio a Ciro emitida pelo do PSB-MG causa discórdia entre os socialistas

Uma carta assinada pelo presidente estadual do PSB em Minas, João Marcos Grossi Lobo, em que aponta o presidenciável Ciro Gomes (PDT) como o melhor nome para receber o apoio da legenda pode ter explodido de vez os ânimos internos na sigla. Segundo interlocutores do PSB, o posicionamento, que foi divulgado na última quarta-feira, teria sido feito e publicado às pressas e sem ouvir toda a direção do partido.

A mensagem, aliás, teria sido feita a partir de um grupo de WhatsApp da executiva estadual do partido. Às 14h15, Grossi questiona: “Prezados, preciso soltar uma nota de apoio ao Ciro. De acordo?”. Pouco tempo depois, o presidente da legenda questiona novamente. “Peço que manifestem posição contrária. Vou entender o silêncio como anuência”, escreveu.

De acordo com membros do PSB que fazem parte deste grupo no aplicativo de mensagens, foi-se sugerido, horas depois, que o assunto fosse tratado em uma reunião formal e presencial. Grossi, então, responde aos “descontentes” com a nota de que o texto já havia sido feito e enviado para as redes sociais.

“Fico preocupado de como as coisas estão se dando. Aguardei até agora o teor da nota para me manifestar. Mas nada! Aí, essa informação de que ela já foi enviada”, indagou um outro integrante do grupo.

Em conversa com a coluna, João Marcos Lobo Grossi negou que a nota tenha sido produzida de forma unilateral. “É uma minoria que não gostou da nota, duas pessoas que são ligadas ao deputado Júlio Delgado (PSB-MG), e só. A grande maioria da executiva apoia e aprovou o texto de apoio ao Ciro”, argumentou, completando: “Estou tranquilo porque, como presidente do partido, tenho autonomia para fazer este tipo de posicionamento que é apoiado pela maioria dos membros da executiva”.

Na avaliação de interlocutores que pertencem à ala rival do pré-candidato ao governo de Minas Marcio Lacerda (PSB), a nota aparece em um momento de preocupação para a coordenação de campanha do ex-prefeito de Belo Horizonte. Segundo eles, um acordo do chamado “centrão” com Ciro diminuiria as chances de que o presidenciável do PDT tenha Lacerda como candidato a vice – o nome do grupo partidário para a vaga também é mineiro: o empresário Josué Alencar (PR).

Como o centrão praticamente fechou acordo para apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pelo Palácio do Planalto nesta quinta-feira (19), essa possibilidade não deve mais preocupar a legenda. Se o DEM apoiasse Ciro, o PDT do presidenciável, poderia desembarcar na chapa do deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM). Grossi, no entanto, diz não ter receio de qualquer enfraquecimento da campanha de Lacerda. “Temos uma relação muito boa com o PDT e outros partidos que já nos apoiam. Estamos muito tranquilos”, afirmou.

Pendências. Visto como o principal adversário interno de Marcio Lacerda no PSB mineiro, o deputado federal Júlio Delgado pode enfrentar problemas na viabilização burocrática de sua candidatura à reeleição. Uma resolução interna da legenda estadual, aprovada em junho pela executiva, impede que pré-candidatos que possuam pendências financeiras com a legenda registrem oficialmente suas candidaturas.

Entre os que possuiriam essa pendência, estaria o nome de Júlio Delgado. Em nota, o parlamentar argumenta que não possui pendências com a legenda, uma vez que recolhe contribuição diretamente para o fundo nacional da sigla. Ele também nega que exista essa cláusula no estatuto do partido. “É fácil entender: pré-candidatos não contribuem para o fundo partidário porque precisam concentrar recursos em sua campanha”, conta.

A nota de Delgado também critica a direção da legenda. “Esse é o tipo de condução infantil e desagregadora com que a direção do PSB Minas vem tentando construir um projeto da envergadura de um governo estadual. O fiasco do projeto de sucessão do PSB em Belo Horizonte atesta a ‘perícia’ da engenharia política do grupo”, diz a nota. (Lucas Ragazzi)

Dobradinha

FOTO: DEM / divulgação

O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo do Estado, confirmou o nome do deputado federal Rodrigo Garcia (DEM) para a vaga de vice na chapa que disputará o Palácio dos Bandeirantes nas eleições 2018. O anúncio oficial será feito nesta sexta-feira (20). Enquanto o DEM negocia seu futuro na eleição presidencial, o partido indicou o parlamentar, que foi secretário na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), para compor a chapa tucana no Estado. Garcia é da ala do partido que defende a aliança entre tucanos e democratas nacionalmente. O evento para oficializar o nome de Garcia como vice terá a presença do presidente do DEM, ACM Neto; do presidente da Câmara dos Deputados e presidenciável Rodrigo Maia; do presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab; do presidente do PRB, Marcos Pereira; e do presidente do PP de São Paulo, Guilherme Mussi, além de lideranças do PSDB.

Tropas federais

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o apoio das forças federais para as eleições 2018, com a finalidade de garantir a normalidade e a legitimidade do processo eleitoral. O presidente do TRE-RJ, desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, citou o atual quadro de segurança pública no Estado como um dos motivos de sua decisão. Antes de submeter o assunto à apreciação do plenário, o presidente do TRE-RJ indagou ao Gabinete de Intervenção Federal quanto a possibilidade de o Poder Executivo assegurar, por meio das forças locais, a segurança necessária para a condução dos trabalhos eleitorais. Em resposta, o interventor federal, general Braga Netto, informou que o quadro é de insuficiência das forças estaduais para assegurar a ordem e a normalidade nas eleições. Caberá ao TSE aprovar e fazer a requisição das tropas federais, cabendo ao TRE-RJ, o planejamento da ação do efetivo necessário em conjunto com o comando local da força federal.

Falta de transparência

Um mandado de segurança pede ao Supremo Tribunal Federal que imponha multa de R$ 100 mil por dia ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), para cada dia que a Casa não divulgar imagens das notas fiscais de gastos de gabinete dos parlamentares. A petição é subscrita pelo advogado Carlos Alexandre Klomfahs. No pedido, ele ainda requer que “caso verificada a existência de crime de ação pública’ na falta de publicidade sobre os documentos, o caso seja enviado ao Ministério Público Federal com cópias e documentos necessários ao oferecimento da denúncia, inclusive para os fins de improbidade administrativa”. Klomfahs moveu o Mandado de Segurança com base em matéria sobre gastos dos parlamentares com a verba indenizatória de gabinete.

Nomeação

Foi nomeada nesta quinta-feira (19), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a mulher do ex-prefeito de Pouso Alegre Agnaldo Perugini (PT). Edina Aparecida Francisco Perugini terá um salário de R$ 1.976,06 na Casa e, como todo comissionado da ALMG, não precisará registrar ponto de presença. Ela está lotada como assessora do bloco Compromisso com Minas Gerais, da. Agnaldo Perugini é pré-candidato a deputado estadual e teve sua administração na cidade envolta de polêmicas com a oposição e com o Ministério Público.

FOTO: Carlos Moura/SCO/STF -27.6.2018

“Marcado o processo eleitoral por instrumentos, fases e atos jurídicos sequenciais, não há falar em arguição de inelegibilidade de candidato quando sequer iniciado o período para realização das convenções partidárias, tampouco para a formulação do pedido de registro de candidatura.”

Rosa Weber

Ministra do Supremo e vice presidente do Tribunal Superior Eleitoral sobre declarar a inelegibilidade de Lula antes de o PT lançar sua candidatura

Defesa enfática

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil - 21.8.2017

O pré-candidato ao Senado e membro do diretório do PSB, Tilden Santiago, saiu em defesa do deputado federal Júlio Delgado nesta quinta-feira (19). Como O TEMPO mostrou, apesar de interlocutores do PSB nacional terem afirmado que a sigla pode lançar o parlamentar à Presidência da República, o diretório da legenda em Minas Gerais defendeu o apoio à candidatura do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). “É uma vergonha que a candidatura dele não nasceu em Minas. Prefiro ter o Júlio como candidato a presidente do que liberar os membros da legenda, como o PSB de Pernambuco quer, mesmo eu respeitando o Ciro. Foi uma falta de visão o PSB de Minas não lançá-lo. E acho que chegou a hora do partido cuidar dos candidatos aos cargos de deputados estadual e federais”, respondeu Santiago.

“Entendi o argumento (da sigla) porque depende de deputados federais. O vice não acrescenta tempo de TV. Essa candidatura não é atraente para os diretórios estaduais do partido.”

Augusto Heleno

General reformado sobre não ser o pré-candidato a vice na chapa de Bolsonaro

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