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MP investiga se vereadora de BH emprega funcionário-fantasma em seu gabinete

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PUBLICADO EM Fri Jul 07 03:00:00 GMT-03:00 2017

MP investiga se vereadora de BH emprega funcionário-fantasma em seu gabinete

A vereadora Nely do Valdivino (PMN), da Câmara Municipal de Belo Horizonte, é suspeita de empregar servidores-fantasma em seu gabinete. A promotora Elisabeth Cristina dos Reis Villela, da 17ª Procuradoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou, no dia 30 de junho, um inquérito civil para apurar essa denúncia.

Na descrição do procedimento, o MPMG coloca a intenção de investigar “irregularidades, em tese, ocorridas no âmbito do gabinete da vereadora com possível existência de funcionário-fantasma”. A denúncia foi feita à entidade de forma anônima.

Em contato com o Aparte, Nely negou qualquer irregularidade no gabinete e se disse assustada com o inquérito. “Me pegou de surpresa, sou muito rigída com essas coisas. Recentemente, inclusive, até demiti um funcionário porque senti que não havia comprometimento por parte dele com o trabalho”, disse a vereadora.

Ela desconfia de que a denúncia ao MPMG pode ser uma retaliação política. “Não sei quem poderia ter feito isso, até porque tenho boas relações com todos aqui, na Câmara, mas é algo que infelizmente está dentro do nosso mundo político”. Nely comenta, também, que pretende candidatar-se a deputada estadual no ano que vem, o que já poderia torná-la um alvo ainda maior para adversários.

“Desconfio de que seja um ataque neste sentido, de arranhar a minha imagem. O político, hoje em dia, está no descrédito generalizado”, argumenta. Ela cita, ainda, a experiência de mais de uma década do irmão Valdivino Pereira de Aquino, ex-vereador da Casa. “Ele nunca sofreu nada deste tipo, uma coisa surreal”. O histórico da família, no entanto, diz outra coisa.

Em 2007, Valdivino foi condenado em primeira instância a cumprir pena de cinco anos de reclusão em regime semiaberto e pagar uma multa de cerca de R$ 3.400 por falsificar documentos no pedido de registro de sua candidatura. Na época, o próprio vereador chegou a confirmar, em depoimento, nunca ter estudado nas escolas constantes no certificado e no histórico de ensino emitido em seu nome.

Três anos depois, ele foi acusado pelo MPMG, junto de outros parlamentares da Casa belo-horizontina, de ter exigido repasses em dinheiro para não barrar, em 2008, a tramitação do projeto que autorizou a construção do Boulevard Shopping. O processo ainda tramita na Justiça. (Lucas Ragazzi)

Frase do dia

“Nunca imaginei que fosse ver o que estou vendo na política brasileira. No exterior, tenho que dizer que sou brasileira porque sou, mas tenho muita vergonha. Se fosse presidente e tivesse feito algo errado, jamais diria que vou ficar até o fim. Não teria essa cara de pau. Botava minha bolsinha Chanel no ombro e renunciava linda.”
Gretchen
cantora e atriz

R$ 137 mil é o valor que a Presidência da República pretende gastar para a compra de 75 tipos de produtos alimentícios não perecíveis, como biscoito e água.

Gilmar “Trump”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes respondeu, no melhor estilo do presidente americano, Donald Trump, a notícia dada por uma rádio paulista de que o magistrado iria abandonar o cargo na Corte para disputar, em 2018, uma vaga no Senado por Mato Grosso. Utilizando sua conta no Twitter, Mendes escreveu: “Sair do STF?! Fake news!!! Não pretendo sair tão cedo”. “Fake news”, ou “notícia falsa”, em tradução livre, é a maneira como Trump costuma referir-se a jornais que publicam notícias contrárias a sua administração. “Estamos intrigados sem saber de onde partiu essa invenção. Deve ter sido plantada por alguém que quer abrir vaga. Sair do Supremo pra se candidatar a senador? Só se ele estivesse doido!”, disse à coluna uma pessoa próxima do ministro.

Pressão

FOTO: reprodução/Instagram

Um grupo de artistas lançou a campanha #ZveiterEstouDeOlhoEmVoce. A intenção é pressionar o deputado federal Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do pedido de admissibilidade de processo contra o presidente Michel Temer. “@ZveiterSergio está em suas mãos recomendar ou não que Temer seja investigado por seus conhecidos crimes. Essa é a hora de fazer pressão, mobilizem seus grupos!”, diz trecho da campanha nas redes sociais.

Junto e misturado

As alianças e parcerias entre partidos nem sempre é clara para quem assiste de fora. Nessa quinta-feira (6), por exemplo, foi nomeado no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Adalclever Lopes (PMDB), o tesoureiro do PDT de Minas, Luiz Fernando Caldeira dos Santos. Na Casa, o dirigente pedetista terá uma remuneração mensal de R$ 7.778,28 e, como todo comissionado da ALMG, não precisará registrar ponto. Santos é ligado ao presidente do PDT no Estado, o deputado federal licenciado Mário Heringer. Curiosamente, os deputados do PDT na Assembleia nem sempre acompanham a linha governista adotada por Adalclever Lopes.

O choro é livre; você, não

Depois de passar uma hora e 23 minutos em depoimento ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, o ex-ministro Geddel Vieira Lima protagonizou uma cena já comum em sua história política: chorou. Nessa quinta-feira (6), ele foi às lágrimas quando ouviu que permaneceria na prisão por tempo indeterminado por conta das investigações da Lava Jato. No ano passado, Geddel também “abriu a boca” ao comentar denúncia feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que ele o teria pressionado a produzir um parecer técnico para benefício próprio. Em 1994, durante a CPI dos Anões do Orçamento na Câmara Federal, o mesmo Geddel chorou, durante seu depoimento, ao ser interrogado pelos colegas deputados. Na ocasião, passou ileso pelo colegiado.

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