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Para tentar voltar ao poder, ala do PT quer aliança com Kalil na eleição de 2020

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PUBLICADO EM Mon Nov 12 02:00:00 GMT-03:00 2018

Para tentar voltar ao poder, ala do PT quer aliança com Kalil na eleição de 2020

Derrotado no cenário nacional e estadual, o PT iniciou uma espécie de tática de reconstrução. Em Minas, a sigla começa a se preparar para as eleições municipais de 2022. E o caminho passa especificamente pela sucessão em Belo Horizonte.

Cientes da impopularidade que cerca o partido na capital e na região metropolitana, alguns setores petistas já defendem uma aproximação com o prefeito Alexandre Kalil (PHS), que surfa em uma boa onda de popularidade. A ideia do PT seria justamente apoiar a reeleição de Kalil e, numa hipótese bastante favorável à legenda, ter o candidato a vice-prefeito na chapa.

Pesam para esse cenário as boas relações que muitos petistas mantêm com o prefeito da capital e a necessidade do partido de voltar a protagonizar ao menos uma parte da política na cidade. Pensando mais adiante ainda, os petistas veem na oportunidade de compor com Kalil uma possibilidade de retornarem à Prefeitura de Belo Horizonte, onde permaneceram nas gestões de Patrus Ananias, Célio de Castro e Fernando Pimentel, entre 1993 e 2008.

Com a hipotética reeleição de Kalil em 2020 e, quem sabe, com uma possível candidatura ao governo de Minas em 2022, seria essa a chance ideal de o PT voltar ao comando da capital mineira com o vice assumindo a titularidade da prefeitura. Nomes para essa empreitada ainda não foram discutidos, mas petistas considerados menos radicais e mais pragmáticos já estão dando vazão à estratégia.

“Uma candidatura própria à Prefeitura de Belo Horizonte não necessariamente seria proveitosa para o PT. Temos boa relação com o Kalil e afinidades que podem nos levar a estar com ele em 2020. O prefeito tem feito um grande trabalho na capital, é certamente uma reeleição muito viável e poderia ser um parceiro essencial para nós”, afirma uma fonte petista, sob a condição de anonimato.

Os mesmos setores do PT que defendem a união com Kalil querem fazer o PT “parar de falar com os guetos e conversar com a sociedade”. O primeiro passo seria apostar em grandes lideranças comunitárias como candidatos a vereadores em 2020 na capital.

A tática também passa por reativar grandes nomes do partido na região metropolitana de Belo Horizonte como possíveis candidatos a prefeito. Nesse sentido, desponta, por exemplo, o nome da deputada estadual Marília Campos, ex-prefeita de Contagem, ainda muito popular no município, que é o terceiro maior colégio eleitoral do Estado.

Em última instância, os petistas que começam a encampar essas ideias defendem uma postura menos radical por parte de deputados estaduais e federais da legenda. “Precisamos conversar com a sociedade como um todo. Não podemos ir no quanto pior, melhor. O caminho passa por uma verdadeira independência”, afirma um petista. “Se continuarmos no radicalismo, vamos ser um partido que apenas elege deputados e jamais vamos voltar aos principais cargos executivos”, complementa ele. (Rodrigo Freitas)

Armado

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Veterano de quatro mandatos no Congresso e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) não tem histórico de aprovação de projetos relevantes na Câmara. Concentrou sua atuação política em dois eixos: a oposição ao PT e a defesa das armas. Em eleições de 2002 a 2014, 12% de suas receitas de campanha vieram de empresas de armas, com as quais manteve relação próxima. Uma de suas bandeiras é a modificação do Estatuto do Desarmamento, que tende a ser uma das primeiras iniciativas do governo Bolsonaro. O deputado apresentou uma série de projetos, por exemplo, para permitir que as polícias estaduais atuem na liberação de licenças – e não só a PF, como é atualmente. Veterinário, Onyx, 64, disse em 2016 que adquiriu armas após passar por uma “situação de gravidade”, que não detalha: “Isso já tem quase 30 anos, eu nunca mais deixei de estar acompanhado de uma arma que sempre trouxe segurança e proteção para a minha família”. Ele não aprovou nenhum projeto de autoria própria ao longo de seus mandatos.

Posse de suplente na Câmara Municipal

Está prevista para esta segunda-feira (12) a posse de Bernardo Ramos (Novo) como vereador na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele vai ocupar, durante dois meses, a vaga deixada por Mateus Simões (Novo) que solicitou afastamento temporário do mandato, sem remuneração, pelo prazo de 61 dias para coordenar a equipe de transição do governador eleito Romeu Zema (Novo). Conforme previsto pelo Regimento Interno da Casa, o afastamento de um parlamentar por período superior a 60 dias deve acarretar a convocação de um suplente para que a instituição volte a atuar com 41 vereadores. Natural de Belo Horizonte, nascido em 1979, Bernardo Ramos é médico, especializado em ortopedia pediátrica, e dedica-se atualmente à publicação de colunas e artigos em blogs sobre saúde.

Frase do dia

“A plataforma na qual o presidente se elegeu prega a flexibilização da posse e do porte de armas. Eu externei minha preocupação a ele, de que uma flexibilização excessiva pode ser utilizada para municiar organizações criminosas.”
Sergio Moro
Juiz federal e futuro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro

Prestações pendentes

De acordo com números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31,4% das prestações finais de contas dos candidatos nas eleições deste ano foram entregues 19.255, o correspondente a 68,6% do total. O prazo para entrega à Justiça Eleitoral da prestação de contas final do primeiro turno das campanhas eleitorais se encerrou no último dia 6 de novembro. Segundo os dados do TSE, entregaram as prestações de contas: 67,64% dos 12.129 candidatos a deputado estadual, 69,09% dos 5.925 candidatos a deputado federal 85,36% dos 309 candidatos a senador, 85,22% dos 173 candidatos a governador. A Lei das Eleições determina que a Justiça Eleitoral notifique, no prazo de cinco dias, os partidos políticos e os candidatos que não tenham apresentado as contas dentro do prazo.

Ex-secretário reclamava de acordar cedo

O operador financeiro do esquema de corrupção atribuído ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral declarou aos investigadores que os encontros em que o ex-procurador geral de Justiça Cláudio Lopes pegava dinheiro “duravam, no máximo, 20 minutos”. Sérgio de Castro Oliveira, o “Serjão”, preso na quinta-feira, disse ainda que o ex-secretário de Governo Wilson Carlos “reclamava de ter que acordar cedo só para ir ao Palácio Laranjeiras entregar o dinheiro ao Cláudio Lopes”. Sérgio Cabral, Cláudio Lopes, Wilson Carlos e “Serjão” foram denunciados, no início de outubro, pelo procurador geral de Justiça em exercício, Ricardo Ribeiro Martins. O ex-governador do Rio, Wilson Carlos e “Serjão” são acusados de corrupção ativa. Cláudio Lopes foi denunciado por associação criminosa, corrupção passiva e quebra de sigilo funcional.

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