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Amor sutil e agora gritado do Transmissor

"De Lá Não Ando Só" é o álbum mais agressivo da banda, que mantém a sensibilidade; ouça o disco no site do Concha e faça download gratuito

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Transmissor
Novo álbum foi gravado no ano passado, sob orientação do produtor Carlos Miranda
PUBLICADO EM 28/04/14 - 03h00

Eles já foram rotulados como uma banda que abusa das letras sentimentais e segue a linha do rock contemporâneo influenciado pela bossa nova e um quê de Clube da Esquina. Apesar disso, o novo disco da banda mineira Transmissor conseguiu sair desse lugar comum, o mesmo em que os dois álbuns anteriores pareciam se manter muito bem. É que o recém-lançado “De Lá Não Ando Só” (2014), disponibilizado para download gratuito na semana passada, mostra uma banda que aprendeu a falar de amor não apenas com vocais sutis, mas também de uma forma mais agressiva.

Com 12 faixas inéditas, este é o primeiro álbum do Transmissor que tem a mão de um produtor musical de peso, o veterano Carlos Eduardo Miranda. “Sociedade do Crivo Mútuo” (2008) e “Nacional” (2001) foram produzidos de forma independente. Com mixagem de Tomáz Magno, no Estúdio Praia Bonita, “De Lá Não Ando Só” soa como outra banda nas primeiras faixas.

Dançante e elétrico, o álbum apresenta efeitos psicodélicos de distorção, guitarras densas e baterias aceleradas – ao contrário dos violões e ukeleles tão usados em canções passadas. Apesar de ser aberto com “Queima o Sol”, uma balada sonífera de vocal escondido, o disco toma corpo a cada canção interpretada por Pedro Hamdan (bateria), Daniel Debarry (baixo), Henrique Matheus (guitarra/bandolim), Leonardo Marques (voz/guitarra/teclado), Thiago Corrêa (voz/violão/teclado) e Jeniffer Souza (voz/violão).

É assim com as sequenciais “Só Um” e “25 Horas por Dia”, duas baladas indies com bases de teclados que lembram os franceses do Phoenix. O rock invade a veia eletrônica em “Todos Vocês”, que carrega uma bateria sombria, escorada pelo verso “mudei de cara tão fácil, mas nada estava tão claro”, de Thiago Corrêa.

 

CONCEITO

É aí que o Transmissor surpreende ao voltar às origens, mas usando outra maquiagem. As harmonias sutis sobrepostas a letras subjetivas aparecem de novo em “Nada Pra Te Devolver”, a única faixa em que é possível ouvir um violão claramente, em primeiro plano, mas acompanhado de distorções psicodélicas. Uma das canções mais sensíveis e emblemáticas do disco, “O Que Você Quer Ouvir”, fala de amor com leveza, mas também sugere o que o Transmissor faz nesse terceiro álbum quando Thiago Corrêa e Jeniffer Souza dividem os vocais para entoar “se eu não falar o que você quer ouvir, pode apostar: você vai me entender”.

Um álbum mais agressivo e ousado, sem dúvida. Mas ao mesmo tempo frágil, pela coragem de gritar alto letras que continuam tão doídas. Em suma, são 12 faixas marcadas por uma solidão que parece querer dizer adeus a si própria no final de cada canção. Uma espécie de despedida que oscilam entre a esperança e o lamento. “De Lá Não Ando Só” dá o seu recado no título e aponta o nível que a banda Transmissor conseguiu manter, diga-se de passagem, muito bem acompanhada por esse novo disco.

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