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Sem recurso, recuperação para 

Apesar de campanhas para preservação, latinhas, garrafas e até cuecas são jogadas no entorno

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crise hidrica
Vegetação ao redor da nascente do Velhas cresceu após recuperação da área
PUBLICADO EM 01/02/15 - 03h00

No imaginário das pessoas, a nascente de um rio é onde a água brota em volume que impressiona. Mas nem sempre é assim. No rio das Velhas, quem vê aquela pequena quantidade emergindo devagar no meio da terra, não acredita que ele vai se tornar num dos principais afluentes do rio São Francisco. Mas a nascente do Velhas tem uma peculiaridade: renasceu após anos de mineração de quartzito ao seu redor.


O projeto “Flores e águas da nascente do Velhas” capacitou os antigos mineradores a recuperar a área ao redor da nascente. Elaborado pela Prefeitura de Ouro Preto e financiado pelo Fundo Estadual de Proteção de Bacias (Fhidro) o projeto tinha orçamento inicial de R$ 477 mil. Com quase sete anos após a primeira intervenção, já é possível ver a vegetação retornando, naturalmente ao seu redor, após a erosão ser contida. Mas nem tudo são flores.

“A situação da nascente me surpreende positivamente, mas agora precisa de continuar a manutenção do projeto, da nascente. Infelizmente o projeto parou por falta de recurso”, explica Ronald Carvalho Guerra, o Roninho.

Seria essa intervenção que permitiu o Velhas manter o local “original” da nascente. “Com a seca, esperava encontrar a água brotando mais baixo deste ponto”, diz Roninho.

A segunda fase do projeto seria a construção de uma estufa para a produção de mudas nativas. As obras da estufa e do galpão foram iniciadas, mas por falta de água para irrigar as mudas, a estrutura foi abandonada. Só com a construção desta estrutura foram gastos pouco mais de R$ 170 mil, segundo os editais de licitação.

Mesmo com a interrupção do projeto, Roninho destaca que a percepção das pessoas mudou em relação à nascente e à preservação. A área ao redor da nascente está cercada. “Se voltarem a explorar quartzito, ou ocuparem a área as pessoas vão ligar, denunciar”, diz o consultor.
Mas mesmo com essa mudança de percepção, não foi difícil encontrar latinhas de cerveja, garrafa de vidro, sandália de borracha e até uma cueca na área próxima à nascente.

Esgoto
O bairro São José, vizinho do parque das Andorinhas, possui um sistema de bombeamento de esgoto para a estação de tratamento. No entanto, 16 residências estão fora desse sistema por causa de limitações técnicas. Enquanto não é encontrada uma solução, o esgoto é jogado montanha abaixo. A água da chuva se encarrega de levar os resíduos para o Velhas.

Loteamento
No percurso até a nascente, a reportagem deparou-se com tratores iniciando um loteamento, com ruas já abertas. Como havia chovido na noite anterior, as águas pluviais iniciaram um processo de erosão e carreamento da terra morro abaixo. A equipe estava na estrada da Serra da Pedra de Amolar. Não se sabe se a nova área residencial de Ouro Preto tem registro ou estudo de impacto ambiental.

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