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Chumbo trocado no WhatsApp esquenta campanha em Minas

Pimenta da Veiga (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) trocam acusações em vídeos compartilhados

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PUBLICADO EM Wed Sep 24 03:00:00 GMT-03:00 2014

Chumbo trocado no WhatsApp esquenta campanha em Minas

Para além do discurso agressivo adotado pelos candidatos ao governo de Minas nas agendas de campanha, vídeos anônimos passaram a circular nos últimos dias por meio de aplicativos de celular, como o WhatsApp, canais de vídeo na internet e redes sociais, com trocas de acusações e até mesmo ataques pessoais envolvendo Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB).
 

O mais recente foi enviado por um número desconhecido a diversos celulares. Nele, uma matéria veiculada em um programa de TV em 2005 diz que Pimentel poderá ser condenado a 17 anos de prisão por participar, ainda quando prefeito de Belo Horizonte, de esquema de desvio de recursos públicos do programa de segurança Olho Vivo. Ainda é feita uma espécie de “alerta” aos eleitores sobre o risco de votar no PT. O tema já surgiu na propaganda de televisão do partido.

Mas além do discurso do medo, também há espaço para o bom humor. Uma versão satírica do jingle de Pimentel foi feita por um grupo chamado Minas por Minas. No ritmo da música de campanha do PT, a canção diz que “Pimentel era amigo de Dilma, mas agora não é mais” e que “Newton (Cardoso) ele trata como irmão”. Até ontem, a publicação no YouTube tinha mais de 18 mil visualizações.

Ainda foi feito um canal na internet chamado Papo de Mineiro citando semanalmente “as mentiras” ditas pelo PT. Um dos vídeos diz que Pimentel vem dizendo que há “baixaria” na campanha, mas rebate afirmando que “baixaria é desviar dinheiro público”.

Apesar das críticas cada vez mais enfáticas ao rival e líder nas pesquisas de intenções de voto, nos últimos dias, Pimenta da Veiga apareceu em diversas inserções na TV criticando seu adversário pelo que chama de “ataques pessoais”. O mesmo já foi feito por Pimentel, que em tom sério surge em suas publicidades afirmando que “não são ataques que os mineiros querem” e ainda pede desculpa por usar o espaço para se defender, e não tratar de propostas de governo.

Mas a campanha petista tem reagido às ondas de ataques que surgem no dia a dia. Em resposta às denúncias sobre o programa Olho Vivo, o PT contra-atacou e passou a divulgar desde segunda-feira na televisão a informação de que o rival tucano recebeu R$ 300 mil do publicitário Marcos Valério, preso por envolvimento no mensalão.

Nessas inserções, o PT também cita o fato de Pimenta ter morado em Goiás nos últimos anos. “Pimentel é o candidato que não vai abandonar o governo”, diz uma das propagandas.

No celular, o vídeo que surgiu nos últimos dias foi em reação ao desempenho de Pimenta no debate da RedeTV! anteontem. “Estão me chamando de Chilique da Veiga. Sei que ando mesmo nervosinho, com ódio, mas apenas dos tolos que querem me vencer”, descreve o vídeo que tem quase 10 mil visualizações.

Em todos os casos, as inserções são anônimas e não reconhecidas pelas campanhas.

Análise. Para o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Flávio Testa, as tentativas de aumentar o tom da campanha não são eficazes. “Eles querem conquistar os eleitores indecisos, o que poderia aumentar a vantagem de um lado ou empatar o jogo do outro. Mas isso pode deixar o eleitor ainda mais descrente”, opina.

Sem autoria
A campanha do PSDB negou ontem a autoria e também o envio dos vídeos com críticas diretas a Fernando Pimentel (PT) via aplicativo WhatsApp. Por e-mail, a equipe de Pimenta da Veiga informou que não tinha conhecimento dos vídeos.

Sem ataques
A campanha do PT também nega a autoria de qualquer ataque direto a Pimenta da Veiga (PSDB). A assessoria de Fernando Pimentel afirma que “os ataques do adversário não irão mudar a campanha” e garante que “não vai partir para a ‘porradaria’”.

Fernando Pimentel (PT)

FOTO: daniel de cerqueira

Um vídeo de 40 segundos foi enviado por WhatsApp nos últimos dias dizendo que Fernando Pimentel (PT) pode ser condenado a 17 anos de prisão por desviar R$ 5 milhões do programa Olho Vivo, criado quando era prefeito de Belo Horizonte. O processo tramita na Justiça, mas ainda não houve condenações.

Pimenta da Veiga (PSDB)

FOTO: reprodução/vídeo

A campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) tem compartilhado nas redes sociais vídeos do YouTube intitulados Papo de Mineiro. Em um deles, uma pessoa diz que estava pesquisando sobre os candidatos e “levou um susto” ao descobrir que Fernando Pimentel responde a processos na Justiça.

Pimenta da Veiga (PSDB)

FOTO: daniel de cerqueira

Também passou a circular nos últimos dias via WhatsApp outro vídeo com críticas à participação de Pimenta da Veiga (PSDB) no debate da RedeTV! anteontem. A gravação diz que o tucano deu “um chilique” na televisão devido à ausência de seu principal adversário, Fernando Pimentel (PT).

Fernando Pimentel e Pimenta da Veiga

FOTO: reprodução/vídeo

A mais recente inserção do PT na televisão compara as gestões de Fernando Pimentel e Pimenta da Veiga na Prefeitura de Belo Horizonte. Os petistas dizem que a administração do candidato tucano foi negativa e citam o fato de Pimenta ter deixado o Executivo antes de completar o mandato.

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