Estima-se que 1 bilhão de pessoas em todo o mundo tenham algum tipo de transtorno mental. Quais as causas orgânicas e espirituais disso? “A raiz dos transtornos mentais habita nos complexos de culpa enraizados nas experiências infelizes de vidas passadas. De acordo com a tendência comportamental do ser, manifestam-se diversos transtornos mentais. Deve-se observar a singularidade de cada processo emocional”, avalia Rafael Papa, psicólogo, médium de cura e autor do recém-lançado livro “Transtornos Mentais e Remédios Espirituais”, ditado pelo espírito do indiano Hammed.
Papa explica que, na presente encarnação, “determinados conteúdos emocionais tendem a vir à tona ao serem reforçados pela hostilidade do mundo que habitamos, como pela intervenção psicológica de parentes, amigos ou laços afetivos”. “Os médicos espirituais que trabalham conosco afirmam que esse quantitativo é muito maior, e tendemos a ter um colapso emocional nos próximos anos que afetará quase todos os habitantes do planeta”, conta.
Esse fato ocorre, segundo ele, “porque o inconsciente emocional perturbado precisa ser manifesto por meio de algum tipo de transtorno mental”. “E, audaciosamente, posso dizer: o transtorno mental é a cura do paciente. É como se fosse uma catarse emocional a ser expurgada, não em forma de doença, mas, sim, na condição de algum distúrbio de comportamento, pois o que não está tratado na intimidade do ser precisa vir à tona, e seus conteúdos emocionais precisam ser ressignificados pela perspectiva biopsicossocial e espiritual”.
O médium de cura conta que, de cem pacientes catalogados na Fraternidade Espírita João Batista, no Rio de Janeiro, onde ele trabalha, acompanhados por ele nos últimos meses e com graves problemas psíquicos, 97 apresentaram algum tipo de processo obsessivo grave, ou seja, uma influência espiritual que procura agravar o transtorno mental.
“Os obsessores não causam o transtorno mental. Apenas potencializam os sintomas, induzindo o paciente à loucura e ao desgoverno mental de suas ações. Por esse motivo, o processo de desobsessão praticado pelo espiritismo é uma ferramenta valiosa, que visa facilitar o alívio dos transtornos mentais e levar, em muitos casos, a cura dos problemas psíquicos aos pacientes, diante de nossas observações científicas”, pondera Papa.
Para ele, os médicos espirituais, inclusive o espírito Hammed, “desejam a aproximação com a psiquiatria e a psicologia terrena com o intuito de permear a desobsessão como processo fixo para todos os pacientes psiquiátricos”. Assim, segundo ele, “os remédios já não mais farão efeito, e a psiquiatria da terra precisa dar as mãos aos médicos espirituais”.
Em seu livro, o psicólogo fala sobre o TDAH e o autismo. “Acredito que muitos casos já existiam, mas não eram notificados. À medida que a compreensão sobre os transtornos se expande, é possível que o preconceito seja minimizado e mais diagnósticos venham à tona. Além disso, ainda existem muitos outros espíritos que estão reencarnando nessa condição como prova de seus equívocos do passado. Com a aproximação da transição planetária, a tendência é que surjam diversos outros casos que afetarão as famílias mundialmente”, diz.
Papa aponta que “as origens espirituais do TDAH residem no fato de serem espíritos altamente inteligentes, contudo, como prova, têm essa inteligência restrita, adormecida dentro de si”. “Por isso, ficam frustrados e apáticos. O indivíduo sabe que tem potencial, mas não consegue acessá-lo”.
O autor explica que, por esse motivo, “o portador desse transtorno tem pensamentos acelerados, o que revela o desespero de não externalizar o conhecimento que está latente dentro de si”. “Ao longo da vida, com o autoconhecimento do que é o TDAH, a pessoa consegue ter uma vida mais funcional e estabelecer rotinas. A medicação pode potencializar seus talentos adormecidos na alma. Esse distúrbio revela que, no passado, esse indivíduo utilizou a inteligência para caminhos pouco felizes”, finaliza.
Lançamento
“Transtornos Mentais e Remédios Espirituais”, Rafael Papa, editora Intelítera, 224 páginas. R$ 52.
Medo de repetir erros do passado
Rafael Papa explica que os autistas “são espíritos que demoraram para reencarnar porque sentem o peso e a responsabilidade de estar encarnado e o receio de cometer os mesmos erros do pretérito”. “Desde o plano espiritual, apresentam-se como espíritos mais reclusos e pouco sociáveis. Para eles, estar na matéria é algo muito doloroso, pois não conseguem se adaptar”.
Nesse sentido, “têm a tendência de criar um mundo íntimo bastante particular e sempre desconfiando das pessoas ao seu redor. Precisam ser amados verdadeiramente para poder se expressar e ser acolhidos dentro de suas limitações. Quando o autista recebe amor, tende a abraçar e pertencer mais aos grupos sociais. Por isso eu não me esqueço de uma frase de um espírito amigo chamado ‘doutor Karan’: ‘As nossas mãos precisam ser a extensão do amor de Jesus na terra’”, observa Papa. (AED)
Esquizofrenia: Sensações pretéritas iguais
E a esquizofrenia? “Trata-se de um distúrbio singular. É sentir em tempo real os dramas do passado, que são maximizados pelos complexos de culpa. Logo, delírios e alucinações são despertados e o ser convive com aquelas mesmas sensações pretéritas”, observa o médium Rafael Papa.
Para ele, a ciência da terra ainda está distante da verdadeira compreensão de sua origem. “O espírito Hammed nos orienta que a mente é como um armário e possui diversas gavetas emocionais. Determinadas convivências e eventos do presente podem deflagrar, abrir ‘gavetas’ traumáticas não muito felizes e encharcadas de culpa e desequilíbrio consciencial”. Para fechar essas ‘gavetas’, “a cirurgia espiritual, a desobsessão, as medicações, os processos terapêuticos, a meditação e o canto podem auxiliar”, infere o médium.
Papa defende que, ao incluir a dimensão espiritual no tratamento dos transtornos mentais, a ciência daria um salto qualitativo para a compreensão dessas dificuldades emocionais. “Sem esse recurso espiritual, os processos de tratamento tornam-se incompletos. Um dia será necessário admitir a hipótese de que o espiritismo pode ofertar saídas, em parceria com a ciência da terra, para avançarmos nas soluções dos transtornos mentais. É o que Hammed chama de ‘psiquiatria mediúnica do futuro’: médicos se permitindo estudar e catalogar pacientes com a terapêutica espírita”. (AED)