Dilema ético

Em caso de escassez, decisão sobre UTIs não deve se basear só em idade, diz OMS

Apesar de haver mais mortes entre idosos, chance de cura daqueles sem comorbidades é alta


Publicado em 23 de abril de 2020 | 11:22
 
 
 
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Nos países que estiverem enfrentando escassez de vagas em hospitais e UTIs para atender casos de Covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus), as decisões sobre que paciente internar não devem se basear apenas na idade, afirmou nesta quinta (23) Catherine Smallwood, encarregada do setor de Emergências da seção europeia da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Embora nem todos os países acompanhem e/ou divulguem as mortes em casas de idosos, dados de sete Estados europeus compilados pela LTC (entidade de políticas públicas para instituições de longa permanência) mostram que até 64% das pessoas que morreram na pandemia estavam em asilos.

Catherine diz que é preciso reforçar a testagem de funcionários dessas casas e de todos os casos suspeitos, que os doentes devem ser tratados e que deve haver certeza de que eles foram curados antes de voltarem para os asilos.

Embora os dados até agora indiquem que cerca de 95% dos mortos por coronavírus estão acima dos 60 anos, idosos saudáveis, sem doenças cardíacas ou diabetes tem grandes chances de sobreviver à Covid-19, disse a especialista da OMS.

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