Reisafjorden, Noruega. Indiferente aos mergulhadores, uma orca e seus filhotes se divertem entre os relevos nevados de um fiorde norueguês em busca de arenque, a iguaria preferida desse cetáceo e que, por força das mudanças climáticas, a faz migrar cada vez mais para o Norte.

As águas claras e tranquilas de Reisafjorden, no extremo Norte da Noruega, se tornaram recentemente o jardim de inverno da população local de orcas.

A -3ºC, o oceano tem a temperatura ideal para os arenques, que, em preparação para o período de desova, de fevereiro e março, geram gordura e parecem prontos para saciar as vorazes orcas.

Segundo uma técnica muito desenvolvida, as orcas rodeiam um banco de arenques, arrastando-os para a superfície, e depois os aturdem com ajuda de suas potentes nadadeiras caudais. “Depois compartilham o banquete, consumindo só as partes nobres do peixe, os ovos, a carne e o sêmen”, explica Pierre de Latour, fundador da associação Orcas sem Fronteiras.