Xô, ressecamento!

S.O.S inverno: hora de caprichar nos cuidados

Dermatologistas listam as melhores dicas de pele e cabelos para manter a hidratação no frio


Publicado em 11 de agosto de 2019 | 03:00
 
 
 
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Que o clima anda estranho, não há dúvidas. Mas, ao menos por ora, o inverno por aqui dá continuidade à tradição do tempo seco. A umidade relativa do ar está lá embaixo, e é hora, portanto, de redobrar a atenção com a pele, em particular, a do rosto, que, por razões óbvias, fica mais exposta às intempéries, como o vento frio. A boa notícia é que a indústria dos cosméticos tem cada vez mais se atentado a esses pormenores que, ao fim, fazem toda a diferença. Ao mesmo tempo, blogueiras compartilham, com mais frequência, sua rotina de cuidados com o skincare e dividem dicas e produtos novos como uma tática de sobrevivência.

Mas, tudo isso é explicado e é por causa de um conjunto de fatores. “Justamente pela temperatura mais amena, as pessoas tendem a beber menos água e líquidos de forma geral e, por isso, é comum que o ressecamento da pele e seus anexos, como cabelo e unhas”, esclarece o dermatologista Lucas Miranda e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os lábios também estão predispostos à desidratação no inverno. “Na boca pode ocorrer o ressecamento, com textura endurecida, formação de crostas e descamação”, alerta.

Nesta época, é comum tomarmos banhos mais quentes e demorados, que provocam uma remoção da oleosidade natural de nosso corpo e rosto. Mas, nos cabelos, acontece justamente o contrário. “No couro cabeludo de fato a oleosidade pode aumentar. A água quente estimula uma produção rebote de oleosidade, une-se a isso o fato de algumas pessoas lavarem menos os cabelos por causa do tempo frio”, explicou o profissional. “A falta de higienização adequada do couro cabeludo favorece o surgimento da dermatite seborreica (caspa) cujos sintomas envolvem justamente o excesso de oleosidade”.

Quase esquecidos

A médica responsável pela área de harmonização facial da Clínica Magrass Ângela Carvalho, “o uso de buchas também favorece a perda da barreira lipídica natural, que retem a umidade da pele fazendo com que a desidratação seja ainda pior”, alerta.

Ela também destaca para a pele dos pés e das mãos que também sofrem demasiadamente com o ressecamento nesta época do ano. “Para os pés, hidratantes a base de ureia auxiliam muito. As áreas de extremidades compostas também por cotovelos e joelhos possuem pouca quantidade de glândulas sebáceas, assim, a produção do óleo natural lubrificante é pouca, o que favorece o ressecamento”, enumera a médica..

Contornando a situação

Para evitar tais sintomas é importante fazer hidratações corporais mais profundas. “Investir no uso de hidratantes cutâneos, principalmente após o banho, já que é o momento que mais favorece a penetração do creme”, disse o dermatologista Lucas Miranda. É preciso também reabastecer a necessárie.

“Hidratante corporal para aplicar nas regiões que tendem a ser mais ressecadas, como cotovelos e joelhos, um hidratante para as mãos e um hidratante labial vão ajudar a trazer uma sensação de maior conforto em relação à textura da pele. Lembre-se de reaplicar com frequência o protetor solar em todas as áreas expostas, independente da luminosidade ou nível de radiação solar”, aconselha.

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