O segundo dia deve ser dedicado a Notting Hill, bairro que eu quis explorar, em particular, por causa da comédia romântica protagonizada por Julia Roberts e Hugh Grant, “Um Lugar Chamado Notting Hill”. Pelas ruas, animadíssimas nos fins de semana, você se depara com uma “fauna” humana interessante.
O bairro, que já foi maltratado e desvalorizado no passado, renasceu nos anos 80, quando começou a atrair jovens pelos baixos preços das moradias. Com o sucesso do filme, Notting Hill – famoso pelas casinhas coloridas e pelas lojas de antiguidades – passou também a chamar a atenção dos turistas.
Cortado pela Portobello Road, o bairro tem hoje uma das feirinhas de rua mais animadas de Londres – principalmente para quem quer garimpar roupas e acessórios vintage, livros e discos –, o cinema mais antigo da cidade, o Eletric Cinema, datado de 1910, e pubs, cafés e restaurantes a bons preços.
O filme
A melhor maneira para chegar lá é descer na estação de metrô Notting Hill Gate Station. No número 103 da rua está o primeiro cenário do filme, o Coronet Cinema, onde os personagens assistem a um filme de ficção científica. Para se ter ideia de sua importância, ele era frequentado pelo rei Eduardo VII.
Do filme norte-americano sobraram ainda a casa com a porta azul de William Tracker (280, Westbourne Park House) e a livraria Travel Bookshop (142, Portobello Road), hoje a loja de suvenir Notting Hill. Já a livraria que inspirou o filme fica a quadras dali, no número 13 da Blehheim Crescent.
Jack
O que a maioria dos turistas ignora é o fato de que Notting Hill foi palco de muitos crimes de Jack, o Estripador. Entre os mais conhecidos estão as mortes da stripper Helen Barthelemy e das prostitutas Hannah Tailford e Mary Flemming. Mas a única referência no bairro a esses fatos é, ironicamente, a casa de carnes de nome Jack.