Abaixo-assinado, manifestação, ofício para o Ministério Público e reuniões com prefeitos, deputados, representantes do DER e até com governadores. Nenhuma dessas estratégias adotadas por moradores do Vale do Jequitinhonha foi suficiente para a conquista do asfaltamento da MG–211 entre as cidades de Capelinha e Setubinha. A estrada foi feita há 43 anos, e, desde então, existem pedidos e promessas de asfaltamento daqueles 50 km.
“Tem dois anos que fizemos um movimento para pressionar mais. Nós já estivemos frente a frente com o governador de Minas, Romeu Zema, em uma visita que ele fez a Capelinha, e entreguei um tanto de documento sobre a rodovia na mão dele. Eu não entendo como uma estrada importante como essa, que tem tanta fazenda de café e de reflorestamento de eucalipto, que gera tanto dinheiro para o Estado, vive um descaso desses”, afirma um dos líderes do movimento, Graciano Pereira dos Santos, 37.
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No último dia 14 de março, um grupo ligado ao movimento foi recebido por representantes do DER. “Eles falaram para gente acompanhar um engenheiro do departamento para mostrar os pontos críticos que eles vão orçar a obra. Mas não disseram nada sobre o dia que vão asfaltar, não”, conta Valdevino Alves dos Santos, produtor rural na região.
Não é a primeira vez que eles saem de um encontro com uma promessa. Dessa vez, o combinado foi marcar uma reunião oficial com o próprio governador em abril. Dono de uma fábrica de gelo na região, Victor Ricardo Cordeiro, 27, espera por uma solução para poder expandir os negócios. “Eu atendo todas as cidades daqui do entorno onde é viável. Mas tem cidades, como Setubinha e Novo Cruzeiro, que não pego encomenda porque essa estrada inviabiliza. Aí seria prejuízo”, conta.