Plena Alimentos investe R$ 120 milhões

A Plena Alimentos, uma das maiores empresas do segmento de proteína bovina do país, tem feito investimentos anuais constantes na operação. Ano passado foram R$ 80 milhões e esse ano o investimento previsto é de R$ 120 milhões, de acordo com o sócio-fundador e vice-presidente, Marcos Antonio Maia.

Os recursos são para a ampliação e modernização das indústrias da Plena e ampliação de abate em Porangatu, no Norte de Goiás, com a nova indústria de desossa.

"Antes só fazia abate lá e trazia para Contagem. Vamos fazer o ciclo completo no Norte de Goiás. Só na fábrica de desossa foram R$ 30 milhões e essa ainda tem mais R$ 70 milhões para investir lá. Vai ser uma planta bem automatizada com transelevador também", explicou o executivo.

Abate

Marcos Antonio Maia contou ainda que em Paraíso (TO) a Plena Alimentos está abatendo 720 cabeças por dia e vai passar para 1.200 cabeças por dia.

"A gente já começa a obra em abril e em um ano já está com a acapacidade aumentada. Lá fizemos investimento em torno de R$ 25 milhões no ano passado e esse ano e ano que vem em torno de R$ 50 milhões", calcula o sócio-fundador da Plena. Com 2.800 funcionários, Claudio Ney Maia, sócio-fundador e vice-presidente da Plena há 33 anos no mercado, conta que o faturamento deve crescer 14% e chegar a R$ 2,7 bilhões neste ano.

Grupo CDM

A Plena Alimentos integra o Grupo CDM, que é composto também pela Agropecuária Grande Lago (a maior e uma das mais modernas operações de confinamento da América Latina), Transquali (empresa de logística do grupo) e Petsko (unidade de negócios para a produção e comercialização de snacks naturais no segmento Pet).

E a expansão deve continuar. "Em 2025 a gente pretende ou fazer uma parceria com outra empresa comprando matéria-prima para Contagem (MG) ou pensar em adquirir uma outra planta (unidade industrial) em 2025. Em Contagem aumentamos a parte de industrializado, vamos lançar produtos novos no mercado como a linguiça e hamburguer artesanal", contou Marcos Maia.

Marcos Vinicius Maia, gerente de inteligência e gestão industrial da Plena contou que "em 2023, na carne moída, dobramos a produção e instalamos uma segunda linha de envase o que fez dobrar a produção de carne moída; e na fábrica de industrializado instalou uma terceira linha de embalagem o que fez aumentar a produção em 22%". A unidade de Contagem recebeu investimentos de R$ 30 milhões.

Contagem

Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, a Plena inaugurou um armazém de 760 m², com um sistema verticalizado e automatizado de estocagem. A Plena investiu em uma estrutura de 23,8 metros de altura com um processo de automação que permite a movimentação inicial de 36 paletes por hora. Para isso, foi instalado um sistema de Transelevador Monocoluna de Transportes (TMS) com carro satélite. “Teremos um melhor fluxo operacional, com segurança, agilidade e eficiência, reduzindo os prazos de entrega e com maior capacidade de armazenamento para atender o mercado”, afirma o diretor de Logística e Transportes da Plena Alimentos, Eduardo Gonçalves Lutz. Para ele, com a entrada em operação desse sistema, a Plena se posiciona na vanguarda da indústria de proteína bovina no Brasil.

Novos mercados

Luis Claudio Silva, Diretor Industrial da Plena Alimentos, informou que entre produção própria e de terceiros são 1.700 cabeças abatidas por dia o que dá 450 mil quilos de carne por dia nas três plantas industriais: Pará de Minas, Porangatu, Paraíso que são as plantas de abate. Com mais de 1.000 SKUs (tipos de produto), a companhia também busca novos mercados - atualmente, 60% do produto está no mercado interno e 40% para exportação. China é o principal mercado importa em torno de 60% do que a Plena exporta.

Atualmente, a empresa exporta para 50 países.

Outros investimentos incluem a área de TI e o incremento da frota onde já foram investidos R$ 17 milhões e neste ano serão outros R$ 5 milhões.