A fintech Regera está oferecendo uma oportunidade aos donos de veículos que têm ou já tiveram os airbags da Takata no Brasil, adquirindo o direito creditório (indenizatório) relacionado ao crítico megarecall dos "airbags mortais".

O caso dos airbags da Takata envolve as maiores montadoras do mundo e resultou na falência da empresa japonesa, em 2017. Os airbags apresentam problemas nos insufladores, como trincas e infiltração de umidade.

Quando acionados, os airbags têm uma abertura muito violenta, fragmentando-se e projetando pedaços de metal contra os ocupantes, podendo causar ferimentos graves e até fatais.

Números do megarecall da Takata

Segundo relatórios divulgados nos Estados Unidos, 67 milhões de airbags foram objeto do megarecall em todo o mundo, com 19 mortes e mais de 400 feridos associados ao problema.

No Brasil, estima-se que 2,4 milhões de veículos ainda estejam em circulação com problemas nos airbags da Takata e pelo menos 3,9 milhões tenham sido incluídos no recall. Pelo menos duas pessoas morreram no país em decorrência desses incidentes.

Quanto posso receber?

Conforme a fintech, os consumidores têm a opção de receber R$ 250 em 30 dias ou 70% do valor da compensação, sendo atualmente estimado em R$ 7.000, em caso de acordo administrativo ou vitória da causa na Justiça.

São dezenas de modelos de carros produzidos por 14 montadoras envolvidos no recall da Takata. Todos os consumidores que possuem ou possuíam esses veículos até a data do anúncio do recall estão elegíveis ao crédito, ou à solicitação de indenização.

Indenização é por danos morais

Nesse caso específico, a compra dos direitos indenizatórios está focada no dano moral causado pelas montadoras, que, mesmo cientes do risco oferecido pelos airbags da Takata, demoraram anos para realizar o recall.

Essa não é a primeira vez que a fintech compra créditos referente a uma causa no segmento automotivo. A empresa está comprando os direitos creditórios de consumidores impactados pelo Dieselgate, da Volkswagen.