Liderada pelo empresário capixaba Flavio Assis, a montadora Lecar tem planos ambiciosos de lançar o sedã Model 459, o primeiro carro elétrico brasileiro, visando gerar um faturamento anual expressivo de R$ 1 bilhão.

O CEO da Lecar revela sua inspiração em Elon Musk e destaca os esforços para adaptar o Model 459 às desafiadoras estradas brasileiras. O empresário, ex-dono da Lecard, fundou a montadora em 2022, buscando transformar seu sonho em realidade.

Homologação e lançamento do carro

Segundo a Lecar, o primeiro protótipo do sedã Model 459, cuja montagem foi finalizada em dezembro de 2023, será homologado em Londres, na Inglaterra, com avaliações de impacto, aerodinâmica e simulações de segurança, marcando uma etapa crucial que pode durar até nove meses.

Veja a montagem do protótipo do Model 459:

A empresa planeja o lançamento comercial do veículo saia até o fim de 2024 com um preço estimado de R$ 279 mil e autonomia de 400 km por carga. 

Equipe e estratégia de produção

A Lecar forma uma equipe de engenharia automobilística experiente, escolhendo Caxias do Sul como local estratégico para sua fábrica. A desmontagem de um Tesla impulsionou a compreensão aprofundada da engenharia, enquanto Assis visa posicionar sua montadora como uma referência em inovação.

Com 35% das peças importadas da China, incluindo motores e baterias da Wiston, a Lecar tem como meta produzir 300 veículos por mês, gerando 600 empregos e alcançando R$ 1 bilhão em faturamento anual.

Flavio Assis, apelidado de "Musk brasileiro", aspira uma produção autossuficiente. “Nosso país é privilegiado, com matéria-prima apropriada e abundante para a produção de carros 100% elétricos”, argumenta.

Lecar POP e expansão da marca

A Lecar vislumbra o futuro com o projeto Lecar POP, uma versão popular do futuro carro elétrico, com baterias nacionais, e custo estimado de R$ 100 mil.

Além disso, a montadora planeja uma expansão focada nas vendas na Grande São Paulo, investindo em uma rede de infraestrutura de recarga. Os projetos incluem carregadores rápidos ao longo da BR-101 e cobertura total de estações nas principais rodovias brasileiras até 2030.

Flavio Assis destaca a importância de desenvolver um carro adaptado às estradas brasileiras, diferenciando-se de modelos importados. “Tenho um Tesla e, definitivamente, ele não foi estruturado para rodar pelas ruas e estradas brasileiras. Ele sofre a cada buraco. Nosso projeto é de um carro feito para os desafios das estradas do Brasil", conclui o visionário.