Caras novas

O caminho sem volta de José Roberto Guimarães

Projeto vitorioso de Barueri incentiva renovação na seleção brasileira

Por Bruno Voloch
Publicado em 27 de dezembro de 2021 | 08:25
 
 

O vôlei com conhecimento e independência jornalísitica

2022 é o ano.

Não tem para onde fugir.

José Roberto Guimarães, responsável pelo projeto de Barueri, encontrou o caminho e precisa seguir os mesmos passos na seleção brasileira.

Renovar.

Evidente que a mudança terá um preço. No início pode até custar caro, mas no futuro renderá frutos.

O processo é gradativo, mas não dá mais para recuar.

O mundo aplaudiu de pé em Ankara a russa Arina Fedorovtseva. Isso signfica dizer que a filosofia precisa mudar no Brasil. Ariscar, sim.

Não dá mais para achar que meninas de 16, 17 e 18 anos são novinhas.

José Roberto Guimarães provou em Barueri, sozinho e sem a ajuda da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, que as categorias de base do Brasil sobrevivem.

Óbvio que jogar no clube é uma coisa, na seleção é outra. A própria Fedorovtseva serve como exemplo.

Só que quanto mais esse processo demorar, pior para elas. Pior para ele e pior para o Brasil.

2022 é ano de Mundial.

Não importa.

A VNL chega antes e alguns nomes são obrigatórios, casos de Diana, Lorena, Lorrayna e Karina, todas que escolheram jogar.

Laís, líbero, chama atenção.

A central Julia Kudiess, do Minas, impressiona. Kisy tem potencial.

Julia Bergman se encaixa.

Ana Cristina tem que se virar. Jogar e ser testada, seja na ponta ou na saída.

O ideal é mesclar.

José Roberto Guimarães sabe a receita.

Roberta, Macris, Rosamaria, amadurecidas, serão fundamentais na transição.

Gabizinha é unanimidade.

Se Thaísa voltar, ainda que seja só para o Mundial, será decisiva no convívio com as mais novas.

Certo é que não dá mais para esperar. O caminho de José Roberto Guimarães é sem volta.

Ainda bem.

José Roberto Guimarães provou ao Brasil, via Barureri, que pode dar certo. Agora o desafio é maior.

Está nas mãos dele.