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O marketing sempre foi um dos pontos fortes de Osasco.
Diferencial.
No dia do Orgulho LGBTQIA+, o clube anunciou oficialmente a contratação de Tifanny.
Aos 36 anos, ela deixa Bauru após 4 temporadas.
O blog conversou com Tifanny.
A jogadora não escondeu a alegria de vestir a camisa de Osasco e falou com orgulho da passagem por Bauru.
Ela disse que está preparada para as cobranças, que prefere atuar como ponteira e elogiou Tandara.
Tifanny fala em 'mais um tabu quebrado' na luta contra o preconceito e enalteceu as ações da FIVB, Federação Interncional de Vôlei.
Orgulhosa da nova casa, admitiu: 'Osasco é referência mundial e a maior torcida do Brasil'.
O que significa para você e para sua carreira essa transferência para Osasco?
Chego em busca de novos ares, desafios e conquistas. Essa transferência para Osasco, além de profissional, é muito importante para abrir portas e espaço em outros clubes. Trabalhar com novos profissionais, aprender e ensinar o que muitos não sabem sobre dificuldades das mulheres trans no esporte.
Você acha que significa a quebra de um tabu, ainda que algumas pessoas falem de preconceito?
Com certeza. É um tabu que acaba de ser quebrado. Mais uma grande equipe abrindo as portas para nossa comunidade e Osasco é referência no cenário mundial.
Prós e contras da sua passagem por Bauru?
Bauru é uma cidade acolhedora. A equipe me abraçou nesses 4 anos e eu só tenho que agraceder. Os prós são todos os momentos vividos no clube sob gestão do presidente Reinaldo Mandaliti que faz um trabalho maravilhoso pensando sempre no crescimento do esporte da cidade. Os contras foram os títulos que deixamos de conquistar já que o projeto e a cidade mereciam.
Está preparada para as cobranças da torcida e por títulos em Osasco?
Acredito que a torcida necessita e tem obrigação de cobrar títulos. Isso em todos os clubes. Em Osasco não é diferente. É a maior torcida do vôlei brasileiro. Eu espero poder contribuir e gritarmos juntos 'é campeão'.
Tifanny ponta ou Tifanny oposta?
Penso que a Tandara será nossa oposta. É a oposta da seleção, foi a melhor oposta da VNL e estamos muito bem servidas na saída de rede. Então quero muito contribuir de ponta.
E como tem acompanhado essa campanha dos times de futebol e da FIVB pela igualdade de gênero e social?
É muito importante que as confederações falem sobre diversidade, respeito e igualdade de gênero no esporte. A gente trabalha duro e diariamente igual a todos. Sem regalias, por isso devemos ser reconhecidas também.