Paulo Navarro

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Sociedade

Festa e ação

Publicado em: Qui, 02/05/19 - 03h00

No país da crise sem fim, vale ressaltar eventos de cunho social como o da BrazilFoundation, o da AMR, ProAção, Rotary, Cape, Hospital da Baleia e a recente feijoada beneficente do Instituto do Café Solidário, entre outros, conduzidos por gente dos anos dourados da sociedade. Com raras exceções, esse tipo de evento é que mobiliza as pessoas.

Festa e “flash”
Em outros tempos, a sociedade era engessada em torno do colunista Eduardo Couri. Até mesmo com expoentes da “alta sociedade” exibindo seus ridículos e desastrosos “dotes artísticos”. Eram os bobos da corte, emergentes. Tempos platinados de “Showçaite” e “Glamour Girl”, versão urbana dos bailes de debutantes do interior. Infelizmente, eventos novamente em voga, com “lolitas” exigindo dos pais festas exuberantes, que custam a bagatela de R$ 450 mil, R$ 500 mil. Introdução à tal e mesma sociedade.

Festa e poeira
E, como sempre, lembramos o apresentador e colega paulista Amaury Jr., confirmando que as grandes festas minguaram. O fim do glamour e da afirmação de muitos. Festas sociais, cada vez mais raras, trazem, claro, aquele cheiro de naftalina com vestidos e smokings que, há muito, não saem do armário. Os donos e damas, os personagens também cansados e velhos guerreiros, diz Amaury.

Festa e festim
As novas e grandes festas de casamento migraram para paraísos como Trancoso, na Bahia, e similares. Mesmo os restaurantes não são mais sinônimo de “ver e ser visto”. Os grupos abandonaram os endereços tradicionais e lutam para sobreviver. Não à toa, justa, inteligente e preferencialmente, a onda “cool” de rodadas de bons vinhos em casa, reunindo pequenos grupos. O mesmo pensamento triste e realista tinha outro colunista, Zózimo Barrozo do Amaral.

Rei “Fromage”
Cada vez mais os queijos mineiros ganham o mundo e o mundo dos queijos, a França. Desta feita, “papamos” o concurso Mondial du Fromage, no Salão do Queijo de Tours, linda cidade francesa. O evento, que aconteceu no começo do mês de maio, agraciou Minas com 11 medalhas. Nossos queijos foram premiados com uma medalha de superouro (queijo Araxá, da fazenda Caxambu, da produtora Marli Leite), sete medalhas de prata e três de bronze. Em verdadeira maratona e olimpíada, os quitutes regionais concorreram com 700 produtos de 20 países.

Rei Queijo
O secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Ricardo Faria, falou sobre a fama dos queijos e destacou sua importância para a gastronomia mineira. “Estamos muito felizes em receber todos esses prêmios. O governo de Minas Gerais, por meio da Setur e do projeto +Gastronomia está investindo grandemente para o sucesso do setor. Sabemos que nosso Estado tem muitas peculiaridades gastronômicas e é rico em sabores, então é uma enorme satisfação receber o reconhecimento da qualidade dos produtos ofertados pelos mineiros”.

Casal de um
Para rir e chorar: “Empresárias mineiras realizam festa de “sologamia” para celebrar o amor próprio”. A festa lançou, em Minas, a tendência, com empresa especializada em casamento “sologâmico”. Convite digital, vestido de noiva, cem convidados e transmissão ao vivo pelas redes sociais. A empresária mineira Jussara Couto, 38, celebrou, em uma praça de BH, o “autocasamento”, na tarde do dia 26 de maio.

Casal de uma
Moda passageira ou não, no exterior, Jussara quer trazer esse tipo de enlace para o Brasil. Com a amiga e também empresária Daniele Cerqueira, decidiu, depois de uma conversa sobre amor-próprio, fazer uma empresa especializada em casamento sologâmico, a Eu Comigo Eventos. 

Lança-Perfume
- Ainda sobre o casamento do “eu comigo”. “Desconfio que o grande amor da minha vida seja eu mesma”, disse Jussara a Daniele. Assim, as duas, na internet, acharam o “casamento consigo mesmo”, o “casamento sologâmico” ou “sologamia”.

- Nasceu a empresa. Segundo Daniele Cerqueira, há mais de 20 anos organizando festas de casamento com parceiros e convidados, o investimento gira em torno de R$ 85 mil. “A gente gastou praticamente nada”. Os convidados, durante a cerimônia, também refletem. “Os votos são feitos em frente ao espelho. Depois, embaixo de cada cadeira, há outro para cada pessoa; para que elas também façam reflexão sobre o amor-próprio”, diz. “A ideia é que façamos votos coletivos”. O casamento sologâmico é novidade aqui. Mas, em 2000, em Nova York, Gabrielle Penabaz fez festa de autocasamento depois de terminar um relacionamento.

- A gentileza mora ao lado. Espaço para a repercussão de belo texto publicado aqui, em O TEMPO, pelo amigo Kênio Pereira, especialista em imóveis e boa vizinhança. A fundamental harmonia nos condomínios. Para isso, basta pensar no vizinho como um amigo, no mínimo, um colega no mesmo barco. Coloque-se no lugar dele e melhore as relações onde ambos vivem com suas famílias. 

- Nosso lar é sagrado, sendo fator de valorização e satisfação. Deveria ser um prazer encontrar-se com as pessoas no elevador, portaria e garagem. E é realmente simples: vizinhos que agem como eu e meus familiares. Pessoas bem-intencionadas, que respeitam os direitos dos outros naturalmente. Basta não ferir o direito alheio, visando ao sossego e à segurança.

- Basta sermos bem-educados e racionais, respeitando limites. Evitar, por exemplo, qualquer barulho alto, tarde da noite. Encarar a garagem como um loja de porcelana, e não de tanques de guerra. Em suma, devemos ser gentis, buscar o entendimento e, se possível, cultivar bons amigos. Ser honestos, sorrir, dialogar sempre! O condomínio, enfim, é a extensão do nosso lar.
 

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